terça-feira, 10 de novembro de 2015

436 – The Animals – We gotta get out of this place (1965)

Escrita por Barry Mann e Cynthia Weil, foi lançada pelos Animals em julho de 1965 no Reino Unido, em um compacto que tinha I can believe it no Lado B. O mesmo compacto só foi lançado nos Estados Unidos em setembro de 1965.

Se tornou uma canção icônica do gênero e ficou enormemente popular nas forças armadas americanas na Guerra do Vietnã. A revista Rolling Stone colocou-a como número 233 da sua lista das 500 maiores canções de todos os tempos. Ela é tambem uma das 500 canções que deram forma ao rock and roll, do Rock and roll of fame.

Barry Mann e Cynthia Weil eram marido e mulhere trabalhavam pra o Brill Building. Foram eles que escreveram You've lost that lovin' feelin' para os Righteous Brothers e esta também estava destinada a eles. Mas nesse meio tempo, Barry Mann se lançou como artista da Redbird Records e eles queriam que ele mesmo lançasse essa música.

Entretando, Allen Klein, um executivo do ramo, ouviu a demo gravada por Mann e deu pra Mick Most, o produtor dos Animals. Most havia ligado pro Brill Building procurando por músicas, pois tinha tirado It's my life e Don't bring me down de lá já. E assim, os Animals gravaram antes de Mann.

A gravação dos Animals teve a letra reorganizada e refeita, diferente da demo de Mann. Começa falando de uma localização da cidade, velha e suja parte da cidade onde o sol se recusa a brilhar, e onde as pessoas dizem que não adianta tentar...

O arranjo tem um baixo bem distintivo tocado por Chas Chandler. Essa foi a primeira gravação que não tinha a banda original, porque Alan Price, o tecladista saiu, e entrou Dave Rowberry. Tem também a típica voz rouca e crua de Burdon. A revista Rolling Stone descreveu-a como um duro tratamento branco ao blues.

A canção chegou ao número 2 nos charts britânicos em 14 de agosto de 1965, só perdendo pra Help!, dos Beatles, que era o número 1. No mês seguinte, chegou ao número 13 dos charts pop americanos. Chegou ao número 2 no Canadá em 2 de setembro de 1965.

A versão que foi lançada nos Estados Unidos é diferente da versão lançada no Reino Unido. No segundo verso, a versão americana fala: “See my daddy in a bed dying”, e na versão do Reino Unido fala: “Watch my daddy in a bed dying”.

Naquele tempo, o título e o simples apelo emocional de “We gotta get out of this place”, fez com que muita gente se apegasse a canção. A turma sempre a tocava nas festas de conclusão do segundo grau. Ela é uma das canções de 1965 que colocaram o rock and roll como novo veiculo de percepção comum e força de consciência social.

A canção reflete o desejo das pessoas de olhar duramente pra suas próprias vidas e pra comunidade de onde vieram. Burdon disse que a canção se tornou um hino para pessoas diferentes, ou seja, todo mundo que a um dado momento quer sair da situação em que estão.

Como dito, se tornou um hino nas tropas que estavam no Vietnã. Em 2006, fizeram uma pesquisa na Universidade de Wisconsin junto aos veteranos da Guerra do Vietnã e descobriram que esta canção era a canção que foi considerada o hino do Vietnã. Qualquer banda que fosse pra lá, tinha que tocar a canção.

Foi regravada por Bon Jovi em 1990, Midnight Oil em 1993, Alice Cooper em 2011, entre muitos outros nos anos 60s, 70s, e 80s. Em 1990, Eric Burdon gravou uma versão com Katrina and The Waves. Em 2010, Barry Mann gravou uma versão com Bryan Adams. Eric Burdon tocou na cerimonia do Rock and Roll Hall of Fame quando Mann e Weil foram introduzidos ao Hall of Fame.

Ainda em 2010, Mann e Weil tocaram uma versão dessa canção com letras inéditas, no Grammy Museum, em Los Angeles.

A letra:

In this dirty old part of the city
Where the sun refuse to shine
People tell me there ain't no use in trying
Now my girl you're so young and pretty
And one thing I know is true
You'll be dead before your time is due
I know
Watch my daddy in bed and tired
Watch his hair been turning gray
He's been working and slaving his life away
Oh yes, I know it
He's been working so hard
I've been working too babe
Every night and day
Yeah yeah yeah yeah
We gotta get out of this place
If its the last thing we ever do
We gotta get out of this place
'Cause girl, there's a better life
For me and you
Now my girl you're so young and pretty
And one thing I know is true, yeah
You'll be dead before your time is due
I know it
Watch my daddy in bed and tired
Watch his hair been turning gray
He's been working and slaving his life away
I know
He's been working so hard
I've been working too babe
Every day baby
Yeah yeah yeah yeah
We gotta get out of this place
If its the last thing we ever do
We gotta get out of this place
Girl, there's a better life
For me and you
Somewhere baby
Somehow I know it baby
We gotta get out of this place
If its the last thing we ever do
We gotta get out of this place
Girl, there's a better life for me and you
Believe me baby
I know it baby
You know it too

A versão dos Animals:


Eric Burdon na cerimonia de indução de Barry Mann e Cynthia Weil:


Bob Jovi ao vivo em 1992:

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

435 – Donovan – Turquoise (1965)

Escrita por Donovan, foi lançada em 30 de outubro de 1965 em um compacto que tinha Hey gip (dig the slowness) como Lado B. Chegou ao número 30 dos charts britânicos. Nos Estados Unidos, Turquoise foi lançada como Lado B de um compacto que tinha Try for the sun como Lado A.

Turquoise foi uma queda de Donovan nos charts britanicos, pois tinha tido Catch the wind e Colour e Universal Soldier como TOP10.

Foi escrita pra Joan Baez, que Donovan estava apaixonado na época. Ela mesmo viria a gravar uma versão em 1967 no disco Joan.

A letra:

Your smile beams like sunlight on a gull's wing
And the leaves dance, and play after you
Take my hand and hold it as you would a flower
Take care with my heart, oh darling, she's made of glass

Your eyes feel like silence resting on me
And the birds cease to sing when you rise
Ride easy your fairy stallion you have mounted
Take care how you fly, my precious, you might fall down

In the pastel skies the sunset I have wandered
With my eyes and ears and heart strained to the full
I know I tasted the essence in the few days
Take care who you love, my precious, he might not know

A versão de Donovan:


A versão de Joan Baez:


A versão de Kaylie King:

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

434 – The Beatles – I've just seen a face (1965)

Escrita por Paul McCartney, foi creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 14 de junho de 1965 e lançada em 6 de agosto de 1965 no disco Help!. O nome privisório dela era “Aunty Gin's Theme”, em homenagem à irmã mais nova do pai de Paul, porque ela gostava muito dessa canção. É uma das poucas canções dos Beatles que não tem baixo. Foi gravada no mesmo dia que I'm down e Yesterday.

Paul gostou do resultado final, dizendo que a letra funciona, que fica empurrando você pra frente, pra próxima frase. A letra parece ser sem esforço e tipo uma conversação, mas que contem uma complexa sequencia em cascata de rimas, que é responsavel pela propulsao irrestivel da canção.

Apesar de em discos anteriores existirem canções que lembram um pouco o country, como várias do disco Beatles for sale e I'll cry instead, do disco A hard day's night, I've just seen a face foi o primeiro country propriamente dito que os Beatles gravaram. Se tivessem colocado um violino e um banjo, seria considerada um bluegrass.

Paul cantou os vocais principais, fez backing vocal e tocou violão base. John tocou violão base. George tocou violão solo. Ringo tocou Maracas e bateria com baqueta com escovas.

Paul gosta muito dela, pois sempre faz questão de tocá-la, até hoje.

A letra:

I've just seen a face
I can't forget the time or place
Where we just met
She's just the girl for me
And I want all the world to see
We've met, mmm-mmm-mmm-m'mmm-mmm

Had it been another day
I might have looked the other way
And I'd have never been aware
But as it is I'll dream of her
Tonight, di-di-di-di'n'di

Falling, yes I am falling
And she keeps calling
Me back again

I have never known
The like of this, I've been alone
And I have missed things
And kept out of sight
But other girls were never quite
Like this, da-da-n'da-da'n'da

Falling, yes I am falling
And she keeps calling
Me back again

Falling, yes I am falling
And she keeps calling
Me back again

I've just seen a face
I can't forget the time or place
Where we just met
She's just the girl for me
And I want all the world to see
We've met, mmm-mmm-mmm-da-da-da

Falling, yes I am falling
And she keeps calling
Me back again
Falling, yes I am falling
And she keeps calling
Me back again
Oh, falling, yes I am falling
And she keeps calling
Me back again

A versão original dos Beatles:


Paul McCartney:


Holly Cole:

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

433 – The Righteous Brothers – Unchained melody (1965)

Escrita por Alex North e Hy Zaret, em 1936. Ficou sem nome por quase vinte anos e em 1955, foi usada em um filme chamado Unchained , daí o nome, Unchained melody. Todd Duncan foi quem gravou o vocal. De lá pra cá, se tornou uma das mais regravadas canções do século 20. Já foi gravada mais de 500 vezes, em diversas línguas diferentes.

Lex Baxter lançou uma versão instrumental que chegou ao número 1 nos Estados Unidos. Al Hibbler, chegou ao número 3 nos Estados Unidos. Jimmy Young, chegou ao número 1 no Reino Unido. Roy Hamilton número 1 nos charts de R&B e número 6 nos charts pop americanos. Muitas versões surgiram, mas foi a versão dos Righteous Brothers que deu a ela o status de Superstar no século 20, um classico, chegando a um novo tempo de popularidade quando foi colocada no filme Ghost, de 1990.

Alex North procurou Bing Crosby em 1936 com a canção ainda sem nome. Crosby declinou a canção e por isso ela ficou guardada por vinte anos. Em 1954, Zaret e North foram contratados pra escrever uma canção tema pra um filme sobre prisão chamado Unchained. A música só contém esse nome por causa do filme, mas em nenhuma parte da canção existe essa palavra.

A letra fala de alguém que ama muito alguém e que não a vê em muito tempo, tendo ficado solitário. O filme fala de um homem que contempla escapar da cadeia e viver na clandestinidade ou terminar a sentença e voltar pra sua esposa e filhos. Na Versão do filme de Todd Duncan, foi indicada ao Oscar de 1955, mas não ganhou.

Foi gravada também por June Valli, Harry Belafonte, Vito & The Salutations (que foi usada em Goodfellas, de 1990), Perry Como, Eddy Arnold, Cliff Townshend, entre outros.

A nossa versão é a clássica dos Righteous Brothers, gravada em 2 de março de 1965, no estúdio Radio Recorders, em Hollywood, California. Eles gravaram pra Philles Records e foi produzida por Phil Spector e Bill Medley. Foi lançada em 17 de julho de 1965, no Lado B de um compacto que tinha Hung on you no Lado A.

A versão foi creditada à dupla, mas só foi cantada por um deles, Bobby Hatfield. Bill Medley, o outro da dupla, participou somente da produção. Bill Medley também tocou o piano e depois disse, que se soubesse que seria um hit, teria chamado um tocador de piano melhor. Chegou ao número 4 dos charts pop americanos e número 14 no Reino Unido.

Foi também regravada por LeAnn Rimes, Gareth Gates, Roy Orbison, Heart, Leo Sayer, Cyndi Lauper, Barry Manilow, Elvis Presley, entre outros.

Unchained melody é a música número de amor escolhida no Reino Unido pelos Canais 4 e 5. É a única canção que vendeu acima de um milhao no Reino Unido com três artistas diferentes: Robson and Jerome, Gareth Gates e The Righteous Brothers.

É a música de número 365 na lista das 500 maiores canções de todos os tempos, da revista Rolling Stone.

A letra:

Whoa, my love
My darling
I've hungered for your touch
A long, lonely time

And time goes by so slowly
And time can do so much
Are you still mine?

I need your love
I need your love
God speed your love to me

Lonely rivers flow to the sea, to the sea
To the open arms of the sea
Lonely rivers sigh, "Wait for me, wait for me
I'll be coming home, wait for me"

Whoa, my love
My darling
I've hungered, hungered for your touch
A long, lonely time

And time goes by so slowly
And time can do so much
Are you still mine?

I need your love
I need your love
God speed your love to me

A versão dos Righteous Brothers:


Elvis Presley:



Cyndi Lauper:

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

0101 – California Dreamin' - The Mamas and The Papas (1965)

Escrita por John Phillips e Michelle Phillips, foi gravada em 4 de novembro de 1965, no United Western Studio, em Hollywood, California e lançada em 8 de dezembro de 1965 no compacto que tinha Somebody Groovy no Lado B. Sairia depois em 28 de fevereiro de 1966 no disco de estréia do grupo, chamado If you can believe your eyes and ears. Na verdade a canção foi gravada primeiro por Barry McGire e The Mamas and The Papas fizeram os backing vocals pra ele. A versão dos Mamas and Papas é a mais fuderosa e é o número 89 da lista da Revista Rolling Stone das 500 greatest songs of all time. A letra fala do narrador sonhando por um inverno em Los Angeles, já que estava em New York City. Alguns dizem que essa canção abriu a era da contracultura. Ganhou Disco de Ouro e entrou pro Grammy Hall of Fame em 2001. Foi escrita em 1963, quando o casal Phillips morava em New York City. Bud Shank tocou flauta. P.F. Sloan tocou a guitarra, Chegou ao número 4 dos charts Billboard Hot100. Também chegou ao número 3 no Canadá, número 14 na Nova Zelandia, número 23 no Reino Unido e número 87 na Australia. Foi regravada por America, Jose Felicano e pelos Beach Boys, entre outros artistas,

A letra:

All the leaves are brown (all the leaves are brown)
And the sky is gray (and the sky is gray)
I've been for a walk (I've been for a walk)
On a winter's day (on a winter's day)
I'd be safe and warm (I'd be safe and warm)
If I was in L.A. (if I was in L.A.)

California dreamin' (California dreamin')
On such a winter's day

Stopped into a church
I passed along the way
Well, I got down on my knees (got down on my knees)
And I pretend to pray (I pretend to pray)
You know the preacher like the cold (preacher like the cold)
He knows I'm gonna stay (knows I'm gonna stay)

California dreamin' (California dreamin')
On such a winter's day

All the leaves are brown (all the leaves are brown)
And the sky is gray (and the sky is gray)
I've been for a walk (I've been for a walk)
On a winter's day (on a winter's day)

If I didn't tell her (if I didn't tell her)
I could leave today (I could leave today)

California dreamin' (California dreamin')
On such a winter's day (California dreamin')
On such a winter's day (California dreamin')
On such a winter's day



A versão dos The Mamas and The Papas:


A versão de Barry McGuire:


A versão dos Beach Boys:

terça-feira, 3 de novembro de 2015

431 – The Beatles – Yesterday (1965)

Escrita por Paul McCartney mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 14 de junho de 1965 e lançada em 6 de agosto de 1965 no disco Help! Foi também lançada em compacto nos Estados Unidos, em 13 de setembro de 1965, tendo Act naturally como Lado B.

Paul cantou e tocou violão acompanhado de um quarteto de cordas. Foi a primeira música solo dos Beatles. Ainda hoje Yesterday é muito popular, com mais de 2.200 regravações. É uma das canções que foi mais regravada na história da música. Foi eleita pela BBC, MTV e Rolling Stone Magazine como a música do século.

Recebeu um Grammy em 1997 e BMI disse que essa música tocou mais de 7 milhões de vezes apenas no século passado.

Trata-se de uma balada melancólica acerca do fim de um relacionamento. Somente Paul aparece na gravação. Ficou tão diferente do resto do trabalho dos Beatles até então, que a música foi vetada pelos outros tres membros da banda de ser lançada em compacto no Reino Unido.

Paul sonhou com a melodia e quando acordou correu pro piano para não esquecer. Paul achava que estava fazendo plágio inconsciente de alguém. Por um mês, ele saiu perguntando as pessoas do mundo da música se alguém tinha ouvido aquela melodia antes. Como ninguém nunca tinha ouvido, ele gravou-a. Foi como se ele tivesse levado algo pra policia e depois de algumas semanas como ninguém disse que era o dono, ele ficou pra ele.

Quando se convenceu que ninguém tinha composto nada igual anteriormente, ele começou a escrever a letra. O primeiro titulo foi “Scrambled eggs”. E a letra era “Scrambled eggs/Oh, my baby how I love your legs”.

Tinha um piano nas gravações de Help! e Paul sempre parava pra trabalhar em Yesterdary. O diretor do filme, Richard Lester, se irritou dizendo que se Paul não acabasse logo essa maldita canção, ele iria remover o piano dali. George Harrison também se irritou, dizendo: “Paul está sempre falando desse canção. A gente pensa que ele é Beethoven ou alguém do tipo.

Paul escreveu essa canção ainda em 1964, numa turnê na França. Poderia ter sido lançada no A Hard day's night, mas não foi. Poderia ter sido lançada em Beatles for Sale, não foi. Paul não chegava a um acordo com o produtor George Martin e também com os outros membros da banda, para lançar.

John disse que ela ficou circulando por meses e meses antes deles decidirem gravar. Cada sessão de gravação ela aparecia, mas não conseguia sair. Paul disse que a letra só ficou pronta durante uma viagem à Portugal, em maio de 1965.

Em 27 de maio de 1965, Paul foi com sua noiva Jane Asher pra o Algarve e lá pediu um violão emprestado a Bruce Welch, dono da casa onde eles estavam hospedados e completou Yesterday ali. Paul ofereceu Yesterday pra Chris Farlowe, mas ele recusou dizendo ser muito “soft”.

Em uma entrevista de 1967, o entrevistador Brian Matthew perguntou a John Lennon pra falar um pouco de Yesterday. John disse que não sabia nada dessa música, que iria passar a palavra pra Paul. Paul respondeu assim: “Esta canção é Paul, num feriado, tocando seu violão medieval. Eu pensei em Scrambbled Eggs como titulo, e não encontrava um melhor, então veio o velho sábio oriental, John Lennon, e disse que o nome pra ela seria Yesterday!

Foi gravada imediatamente após gravarem I'm down e quatro dias antes de Paul completar 23 anos de idade. Paul cantou e tocou violão. Tony Gilbert e Sidney Sax tocaram violinos. Kenneth Exxex tocou viola, Peter Halling e Francisco Gabarro tocaram cello.

Yesterday chegou ao número 1 nos charts pop americanos, na Noruega e Holanda. Número 2 na Australia, número 6 na Alemanha, número 10 na Austria e número 44 na Espanha. Número 8 no Reino Unido e número 5 na Polonia.

Como os Beatles não queriam lançar a música por ser muito diferente do trabalho deles, eles convenceram a gravadora de não lançar um compacto com ela no Reino Unido. Mas Matt Monro gravou uma versão antes dos Beatles. A versão dele entrou no TOP 10 britanico logo no outono de 1965.

Mas como os Beatles não apitavam muito na Capitol, a gravadora americana, eles não conseguiram impedir o lançamento de um compacto com Yesterday e Act naturally. Lançado em 13 de setembro de 1965, ficou em primeiro lugar dos charts pop americanos por 4 semanas, a começar no dia 9 de outubro. Ficou 11 semanas no chart, vendendo 1 milhão de copias em 5 semanas.

Yesterday foi o quinto de seis numeros 1 que os Beatles colocaram seguidamente nos Estados Unidos. As outras foram I feel fine, Eight days a week, Ticket to ride, Help! e We can work it out.

Nesse ponto, mudou quem escrevia os sucessos número 1 do grupo. John escreveu cinco até Help! e Paul escreveu oito, a partir de Yesterday.

Yesterday é uma das canções mais regravadas da história da musica popular. Tem entrada no livro dos records, Guiness, dizendo que em janeiro de 1986, 1,600 versões dela haviam sido gravadas. No Grammy de 2006, Paul tocou uma versao dela com Linkin' Park e Jay-Z (Numb/Encore).

É a canção de número 13 da lista das 500 maiores cancoes de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Chuck Berry disse que Yesterday era a canção que ele desejaria ter escrito e não escreveu. Bob Dylan nunca gostou de Yesterday. John Lennon pouco antes de morrer, disse que a letra não se resolve. Ele achava a letra boa, mas que não diziam nada, que o ouvinte não sabia o que aconteceu. Ele disse que ela foi embora e ele desejava que fosse ontem, mas que só conseguimos pegar isso.

Pra completar, John Lennon disse que era uma bonita canção, mas que ele nunca desejou tê-la escrito. Reafirmou que era uma grande canção escrita por Paul, mas que ele, John, não acreditava em ontem. Ele acreditava que a vida começava aos 40.

A letra:

Yesterday all my troubles seemed so far away.
Now it looks as though they're here to stay.
Oh, I believe in yesterday.

Suddenly I'm not half the man I used to be.
There's a shadow hanging over me.
Oh, yesterday came suddenly.

Why she had to go, I don't know, she wouldn't say.
I said something wrong, now I long for yesterday.

Yesterday love was such an easy game to play.
Now I need a place to hide away.
Oh, I believe in yesterday.

Why she had to go, I don't know, she wouldn't say.
I said something wrong, now I long for yesterday.

Yesterday love was such an easy game to play.
Now I need a place to hide away.
Oh, I believe in yesterday.

Mm mm mm mm mm mm mm

Os Beatles ao vivo na Alemanha:


Paul McCartney ao vivo em New York City em 2009:


Maroon 5 no Howard Stern Show, em 2012:

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

430 – Sonny and Cher – I got you, babe (1965)

Escrita por Sonny Bono, foi lançada em 9 de julho de 1965 no primeiro disco da dupla Look at us. Também foi lançada em compacto com It's gonna rain como Lado B. Esse compacto chegou ao número 1 dos charts pop americanos em agosto de 1965 e ficou três semanas no topo. Vendeu mais de um milhão de cópias na época e tambem foi número 1 no Canada e número 1 no Reino Unido.

É a canção de número 444 da lista das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Sonny Bono trabalhava como Compositor e produtor para Phil Spector. Então ele resolveu escrever essa canção pra ele mesmo e sua esposa, Cher, uma noite no basement da casa deles. O Wrecking Crew participou da gravação. Hal Blaine foi o baterista. I got you babe se tornou a música da carreira deles e a gravação definiu o começo do movimento contracultural hippie.

A canção era o sentimento oporto de It ain't me babe, de Bob Dylan. A diferença era a letra complexa de Dylan e simples de Sonny. Ele começava com “They”, sugerindo pessoas que colocavam barreiras no romance deles. No entanto, enquanto a estrutura da música de Dylan era simples, a de Sonny era mais ambiciosa estruturalmente.

Com o tempo de valsa, as vezes escutamos um oboé tocado por Warren Webb. Os vocais se alternam, deixando a canção mais interessante.

Além de número 1 nos três países já citados, foi também número 3 na Australia, 6 na Austria, 12 na Belgica, 8 na Finlandia, 7 na França, 3 na Alemanha, 2 na Irlanda, 4 na Holanda, 1 na Nova Zelandia, 6 na Noruega, 5 em Singapura, 5 na Africa do Sul, 5 na Suécia e 7 na Suíça.

20 anos depois, em 1985, o UB40 lançou uma versão em conjunto com Chrissie Hynde, dos Pretenders. Essa versão saiu no disco Baggariddim, do UB40, de 1985 e também dos Pretenders The Singles, de 1987. A versão deles chegou ao número 1 dos charts britanicos e número 28 dos charts pop americanos.

Em 1993, Cher gravou uma versão com Beavis and Butthead, do desenho animado. Essa gravação chegou ao TOP40 no Reino Unido, Belgica e Suécia, assim como TOP10 na Holanda.

A letra:

They say we're young and we don't know
We won't find out until we're grown
Well I don't know if all that's true
'Cause you got me, and baby I got you

Babe
I got you babe
I got you babe

They say our love won't pay the rent
Before it's earned,
Our money's all been spent
I guess that's so, we don't have a pot
But at least I'm sure
Of all the things we got

Babe
I got you babe
I got you babe

I got flowers in the spring
I got you to wear my ring
And when I'm sad, you're a clown
And if I get scared, you're always around

Don't let them say your hair's too long
'Cause I don't care,
With you I can't go wrong
Then put your little hand in mine
There ain't no hill or mountain
We can't climb

Babe
I got you babe
I got you babe

I got you to hold my hand
I got you to understand
I got you to walk with me
I got you to talk with me
I got you to kiss goodnight
I got you to hold me tight
I got you, I won't let go
I got you to love me so
I got you babe
I got you babe
I got you babe
I got you babe

Sonny and Cher:


UB40 and Chrissie Hynde:


Cher com Beavis and Butthead:

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

429 – The Beach Boys – Help me, Rhonda (1965)

Escrita Brian Wilson e Mike Love, foi gravada nos dias 8 e 19 de janeiro de 1965 no United Western Recorders em Hollywood, California e lançada em 8 de março de 1965 no disco Today! Foi lançada também no dia 5 de abril em um compacto que tinha Kiss me baby como Lado B.

Chegou ao número 1 nos charts pop americanos, se tornando o segundo compacto dos Beach Boys a chegar ao número 1. O primeiro foi I get around, de 1964, já comentado aqui no nosso blog. Help me, Rhonda foi o primeiro compacto dos Beach Boys a ter Al Jardine nos vocais principais.

A letra conta a narrativa de como um cara estava atraído por uma menina e então a mesma arranja outro cara e para ajudar no processo de cura, ele pede a outra garota, Rhonda, pra ajudá-lo nesse processo.

Foi gravada com os Beach Boys e a Wrecking Crew: Carl Wilson, Bill Pitman e Glen Campbell nas guitarras, Billy Strange no ukulelê, Ray Pohlman no baixo, Leon Russell no piano, Hal Blaine na bateria e timbal, Julius Wetcher nas claves, Billy Lee Riley na gaita, Steve Douglas e Plas Johnson nos sa tenor e Jay Migliori no sax baritono. Al Jardine fez o vocal principal e Carl Wilson Dennis Wilson, Mike Love e Brian Wilson fizeram os backing vocals.

Nao tem um solo de guitarra sequer e a música começa com uma introdução breve de ukulelê.

Na primeira sessão de gravação, Murry Wilson, o pai dos irmãos Wilson, chegou bebado no estúdio, reclamando da gravação e do entusiasmo dos membros da banda. Brian Wilson ficou puto, tirou os headphones e a briga foi toda gravada e espalhada aos fãs da banda.

Além de número 1 nos Estados Unidos, chegou ao número 1 no Canadá, número 5 na Suécia, número 10 na Alemanha e Austrália, número 2 em Singapura, número 3 nas Filipinas, número 5 em Hong Kong, número 9 na Irlanda e número 27 no Reino Unido.

Os Beach Boys tocaram com o Grateful Dead em 27 de abril de 1971 no Fillmore East em NYC. Jerry Garcis deu o seu toque especial naquela oportunidade à canção.

Foi regravada por Roy Orbison em 1970, por Johnny Rivers em 1975, Jan and Dean em 1982, Brian Wilson em 2000, Ricky Martin em 2001, Al Jardine e Steve Miller em 2010, entre outros.

A letra:

Well since she put me down I 've been out doin' in my head
Come in late at night and in the mornin' I just lay in bed

Well, Rhonda you look so fine (look so fine)
And I know it wouldn't take much time
For you to help me Rhonda
Help me get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda yeah
Get her out of my heart

She was gonna be my wife
And I was gonna be her man
But she let another guy come between us
And it shattered our plan


Well, Rhonda you caught my eye (caught my eye)
And I can give you lotsa reasons why
You gotta help me Rhonda
Help me get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda yeah
Get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda yeah
Get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda

The Beach Boys:


Johnny Rivers:


Brian Wilson e Al Jardine, em 2014:

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

428 – The Beatles – You've got to hide your love away (1965)

Escrita por John Lennon mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 18 de fevereiro de 1965 e lançada em 6 de agosto de 1965 no álbum Help!

O vocal de John foi inspirado em Bob Dylan. John escreveu a canção em casa, querendo uma música nova pro filme Help!, no periodo em que ele chamou de Periodo Dylan. Paul disse que a canção era basicamente John sendo Bob Dylan.

A canção não tem backing vocals e uma percussão leve. Um acompanhamento basicamente acustico, com exceção do baixo de Paul. Foi adicionada uma flauta tenor e uma flauta alta, tocada por John Scott.

John tocou violão de 12 cordas, Paul tocou baixo, George Harrison tocou violão clássico. Ringo tocou bateria com baquetas de escova, pandeiro e maracas. E John Scott, flauta alta e flauta tenor.

Foi regravada por Eddie Vedder em 2001. The Beach Boys em 1965. Jan and Dean em 1966. Oasis, Waylon Jennings e outros artistas.

A letra:

Here I stand head in hand
Turn my face to the wall
If she's gone I can't go on
Feeling two-foot small

Everywhere people stare
Each and every day
I can see them laugh at me
And I hear them say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

How can I even try
I can never win
Hearing them, seeing them
In the state I'm in

How could she say to me
Love will find a way
Gather round all you clowns
Let me hear you say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

A versão dos Beatles:


A versão de Eddie Vedder:


Oasis:

terça-feira, 27 de outubro de 2015

427 – The Animals – It's my life (1965)

Escrita Roger Atkins e Carl D'Errico, foi lançada pelos Animals em outubro de 1965, em um compacto que tinha I'm going to change the world como Lado B.

A gravação foi impulsionada pelo riff de baixo de Chas Chandler, seguida de um riff de guitarra eletrica de 12 cordas tocada por Hilton Valentine. Ao que tudo indica, esses riffs que deram força à canção. O órgão de Alan Price foi quem fez a distinção dos Animals pra os outros artistas da Invasão Britânica e diferenciando tambem do Dave Clark Five por causa do tom mais sombrio. Aí então entrava a voz rouca do vocalista Eric Burdon, dando o toque final ao som dos Animals.

Chegou ao número 2 no Canadá, número 5 na Noruega, número 7 no Reino Unido e número 23 nos Estados Unidos.

A letra:

It's a hard world to get a break in
All the good things have been taken
But girl there are ways
To make certain things pay
Though I'm dressed in these rags
I'll wear sable some day
Hear what I say
I'm gonna ride the serpent
No more time spent sweatin' rent
Hear my command
I'm breakin' loose, it ain't no use
Holdin' me down, stick around
And baby, baby
Remember, remember
It's my life and I'll do what I want
It's my mind and I'll think like I want
Show me I'm wrong, hurt me sometime
But some day I'll treat you real fine
There'll be women and their fortunes
Who just want to mother orphans
Are you gonna cry
While I'm squeezin' them dry
Takin' all I can get, no regrets
When I, openly lie
And live on their money
Believe me honey, that money
Can you believe, I ain't no saint
No complaints
So girl throw out
Any doubt
And baby (baby)
Remember (remember)
It's my life and I'll do what I want
It's my mind and I'll think like I want
Show me I'm wrong, hurt me sometime
But some day I'll treat you real fine
(It's my life and I'll do what I want) Don't push me
(It's my mind and I'll think like I want) It's my life
(It's my life and I'll do what I want) And I can do what I want
(It's my mind and I'll think like I want) You can't tell me
(It's my life and I'll do what I want)

The Animals em 1965:


Bon Jovi:


Eric Burdon and The Animals, ao vivo na Espanha, em 2011:

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

426 – Bob Dylan – Gates of Eden (1965)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 15 de janeiro de 1965 e lançada no quinto disco de estúdios dele chamado Bringing it all back home em 22 de março de 1965. Depois foi lançada em compacto como Lado B de Like a rolling stone, em 20 de julho de 1965.

Bob Dylan gravou a canção somente acompanhado pelo seu violão e gaita. É uma das canções de Dylan mais surreais. A poesia abstrata parte de um visão de pesadelo. Cada verso é uma descrição de uma sociedade em decomposição.

Apesar do título da canção sugerir uma esperança de paraíso, não existe paraíso nesse lugar que a canção descreve. Ao invés disso, o imaginário descreve corrupção e decadencia. A frase final de cada verso é seguida por uma nota de gaita que enfatiza que esse Eden não pode ser alcançado.

A fé cega que a vida pós a morte é de perdão é uma mentira, pois cria complacencia nessa vida daqui. É o que fala a música. No primeiro verso, um ajo cowboy montado em nuvens procura o sol usando uma vela de cera preta. No segundo verso, o choro de bebês que procuram silencio no paraíso é abafado pelos objetos metalicos de uma cidade industrializada. No terceiro verso, um soldado selvagem coloca a cabeça na areia como um avestruz e espera juntamente com um caçador surdo pelo mítico barco que leva ao paraíso.

No quarto verso, Aladim e sua lampada mágica e macacos montam no pordo dourado que promete o paraíso e ouvintes apenas riem dessa promessa quando eles de fato chegam no paraíso. O quinto verso descreve marxistas filosofando e esperando por reis para sucederem uns aos outros, enquanto o público ignora-os, pois sabem que eles não são reis no paraíso.

No verso seis, um motociclista atormenta um homem de negocios baixinho, enquanto um urubu fica obervando. Ambos estao preocupados com o pecado, mas não há pecados na morte no paraíso. O verso sete conta que os reinos da experiencia eventualmente apodrecem, pessoas pobres brigam entre si pelas suas parcas posses e a nobreza fica apenas balbuciando a respeito, mas nada disso importa no paraíso.

No oitavo verso, as pessosa tentam mudar os destinos delas, mas tudo isso é fútil quando eles chegam no paraíso. No verso final, a amante do narrador conta a ele dos sonhos dela, mas ele percebe que o seu sonho de morte é o único verdadeiro.

Foi regravada por Julie Felix em 1967, Arlo Guthrie em 1973, Ralph McTell, Bryan Ferry, Michel Montecrossa, e uma versão de Dylan e Neil Young em 1992, entre outros artistas.

A letra:

Of war and peace the truth just twists
Its curfew gull it glides
Upon four-legged forest clouds
The cowboy angel rides
With his candle lit into the sun
Though its glow is waxed in black
All except when 'neath the trees of Eden.

The lamppost stands with folded arms
Its iron claws attached
To curbs 'neath holes where babies wail
Though it shadows metal badge
All and all can only fall
With a crashing but meaningless blow
No sound ever comes from the Gates of Eden.

The savage soldiers sticks his head in sand
And then complains
Unto the shoeless hunter who's gone deaf
But still remains
Upon the beach where hound dogs bay
At ships with tattooed sails
Heading for the Gates of Eden.

With a time-rusted compass blade
Aladdin and his lamp
Sits with Utopian hermit monks
Side saddle on the Golden Calf
And on their promises of paradise
You will not hear a laugh
All except inside the Gates of Eden.

Relationships of ownership
They whisper in the wings
To those condemned to act accordingly
And wait for succeeding kings
And I will try to harmonize with songs
The lonesome sparrow sings
There are no kings inside the Gates of Eden.

The motorcycle black Madonna
Two-wheeled gypsy queen
And her silver-studded phantom cause
The gray flannel dwarf to scream
As he weeps to wicked birds of prey
Who pick up on his bread crumb sins
And there are no sins inside the Gates of Eden.

The kingdoms of Experience
In the precious winds they rot
While paupers change possessions
Each one wishing for what the other has got
And the princess and the prince
Discuss what's real and what is not
It doesn't matter inside the Gates of Eden.

The foreign sun, it squints upon
A bed that is never mine
As friends and other strangers
From their fates try to resign
Leaving men wholly totally free
To do anything they wish to do but die
And there are no trials inside the Gates of Eden.

At dawn my lover comes to me
And tells me of her dreams
With no attempts to shovel the glimpse
Into the ditch of what each one means
At times I think there are no words
But these to tell what's true
And there are no truths outside the Gates of Eden.

A versão de Julie Felix:


A versão de Arlo Guthrie:


A versão de Bryan Ferry:

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

425 – The Beatles – Yes it is (1965)

Escrita por John Lennon, mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 16 de fevereiro de 1965 e lançada em 9 de abril de 1965 no Reino Unido e em 19 de abril de 1965 nos Estados Unidos, em um compacto que tinha Ticket to tide no Lado A.

É uma das mais completas e dissonantes harmonias vocais de tres partes dos Beatles e mostra o uso de George Harrison começando a usar um pedal de volume na guitarra.

John disse que fez Yes it is numa tentativa de refazer This boy e ele acha que não funcionou muito bem. Já Paul disse que é uma canção de John que ele gosta muito, muito bem feita. Paul disse que assitiu quando John a finalizou.

Levaram 5 horas de gravação, com 14 takes sendo precisos pra terminar. Foi a canção que levaram mais tempo para gravar em 1965. Gravaram no mesmo dia que gravaram I need you. As harmonias vocais de John, Paul e George Harrison demorou 3 horas pra serem gravadas, cantando ao vivo, juntos.

Os críticos consideram a canção mais profunda psicologicamente criada pelo Beatles até então e que foi um grande passe pro desenvolvimento deles como compositores. Billy Joel disse que sua canção Through the long night, de 1980, foi baseada em Yes it is. Don Henley gravou uma versão acustica no Bridge School Benefit.

Na gravação, John fez os vocais principais e tocou um violão semi-acustico. Paul fez as harmonias vocais e tocou baixo. George Harrison fez as harmonias vocais e tocou guitarra com pedal de volume. Ringo tocou bateria e pandeiro.

A letra:

If you wear red tonight
Remember what I said tonight
For red is the color that my baby wore
And what is more, it's true
Yes it is

Scarlet were the clothes she wore
Everybody knows I've sure
I could remember all the things we planned
Understand, it's true
Yes it is, it's true
Yes it is

I could be happy with you by my side
If I could forget her, but it's my pride
Yes it is, yes it is
Oh, yes it is, yeah

Please don't wear red tonight
This is what I said tonight
For red is the color that will make me blue
In spite of you, it's true
Yes it is, it's true
Yes it is

I could be happy with you by my side
If I could forget her, but it's my pride
Yes it is, yes it is
Oh, yes it is, yeah

Please don't wear red tonight
This is what I said tonight
For red is the color that will make me blue
In spite of you, it's true
Yes it is, it's true
Yes it is, it's true

A gravação original dos Beatles:


A gravação de Don Henley:


O cover de Lulu Bazterrica:

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

424 – The Rolling Stones – The last time (1965)

Escrita por Mick Jagger e Keith Richards, foi em 11 e 12 de janeiro de 1965, nos estúdios da RCA, em Hollywood, California. Foi lançada em 26 de fevereiro de 1965 no Reino Unido e 13 de março de 1965 nos Estados Unidos, em um compacto que tinha Play with fire como Lado B.

Foi o primeiro compacto escrito por Mick Jagger e Keith Richards. Foi o terceiro compacto dos Stones à chegarem no numero 1 no Reino Unido, ficando três semanas no topo, no fim de março de 1965 e começo de abril. Chegou ao número 2 na Irlanda. O riff era tocado por Brian Jones e os acordes os solos eram tocados por keith Richards.

Mick Jagger cantou e tocou percussão. Brian Jones tocou guitarra. Keith Richards tocou guitarra solo e fez backing vocals. Bill Wyman tocou baixo e fez backing vocals. Charlie Watts tocou bateria.

Foi regravada pelos Grateful Dead ao vivo. The Andrew Oldham Orchestra gravou-a com cordas, arranjada por David Whitaker. Ronnie Bird lançou uma versão em francês. The Who gravou-a em 1967. Bruce Springsteen sempre tocava-a nos seus shows. Bobby Bare gravou-a em 1978, Dusan Prelevic gravou uma versão em sérvio.

The Tractor gravaram-na em 1997. Também em 1997 a banda The Verve colocou um sample de The last time com as cordas em sua clássica Bitter Sweet Symphony.

Em 1998 Mare Winningham gravou uma versão. Em 2002 foi a vez de John Farnham. Nena gravou em 2007. Mick Jagger gravou com Arcade Fire para um episódio de Saturday Night Live.

A versão do The Who foi gravada em 28 de junho de 1967 e lançada logo em 30 de junho de 1967 em um compacto que tinha Under my thumb como Lado B.

A gravação desse compacto se deu porque Mick Jagger e Keith Richards foram presos por estarem portando drogas. Eles gravaram essas duas canções dos Stones pra ajudar na fiança da dupla. Mas quando o compacto saiu, eles já haviam sido soltos. Foram gravadas nas pressas e ficaram nas lojas por uma semana apenas. O baixista do The Who John Entwistle estava em lua-de-mel e autorizou Pete Townshend a gravar o baixo por ele nas duas gravações. Chegaram ao número 44 dos charts britanicos.

A letra:

Well I told you once and I told you twice
But you never listen to my advice
You don't try very hard to please me
With what you know it should be easy
Well this could be the last time
This could be the last time
Maybe the last time
I don't know. Oh no. Oh no

Well, I'm sorry girl but I can't stay
Feelin' like I do today
It's too much pain and too much sorrow
Guess I'll feel the same tomorrow
Well this could be the last time
This could be the last time
Maybe the last time
I don't know. Oh no. Oh no

Well I told you once and I told you twice
That someone will have to pay the price
But here's a chance to change your mind
Cos' I'll be gone a long, long time
Well this could be the last time
This could be the last time
Maybe the last time
I don't know. Oh no. Oh no
Well, this could be the last time

Stones em 1965:


A versão do The Who:


A versão de Andrew Oldham Orquestra, instrumental, que foi usada em Bitter sweet symphony:

terça-feira, 20 de outubro de 2015

423 – Bob Dylan – Subterranean homesick blues (1965)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 14 de outubro de 1965, nos estúdios da Columbia Records, em new York City. Foi lançada inicialmente em 8 de março de 1965 em um compacto que tinha She belongs to me como Lado B. Também foi lançada duas semanas depois no álbum Bringing it all back home. Foi o primeiro TOP 40 de Dylan nos Estados Unidos, chegando ao número 39. Chegou também ao número 10 no Reino Unido.

Subterranean homesick blues foi uma das primeiras músicas eletrificadas de Dylan. Dylan disse posteriormente que essa canção era um amalgama de 3 lados, pois continha elementos de Jack Kerouac, de Peter Seeger e Guthrie e de Too much monkey business de Chuck Berry. The Subterraneans foi um livro lançado por Kerouac em 1958.

Fala sobre drogas e política. Fala sobre caretice, os trabalhadores de 40 horas semanais e a contra cultura dos anos 60s. Sobre a guerra do Vietnã. Uma geração inteira reconheceu o Zeitgeist dessa canção. Falava também do movimento dos direitos civis americanos.

Subterranean homesick blues é a música de número 322 da lista das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stones. Uma frase da música: “You don't need a weatherman...”, foi a mais citada por juízes e advogados nos Estados Unidos comparando com qualquer outro compositor.

John Lennon disse que a canção era tão cativante que ele não sabia como ele seria capaz de compor algo que fosse comparado com ela.

Foi regravada por Gregory Isaacs, Tim O'Brien, Red Hot Chili Peppers, Harry Nilsson, Alanis Morissette, entre outros artistas.

Na gravação original, Bob Dylan tocou violão, gaita e cantou. Al Gorgoni, Kenny Rankin e Bruce Langhone tocaram guitarras. Joseph Macho Jr. E William E. Lee tocaram baixo e Bobby Gregg tocou bateria. 

O video clipe dessa musica, ideia original de Dylan passando cartazes com palavras ou frases, ja foi copiado milhoes de vezes pelo mundo afora. 

A letra:

Johny's in the basement
Mixing up the medicine
I'm on the pavement
Thinking about the government
The man in a trench coat
Badge out, laid off
Says he's got a bad cough
Wants to get it paid off
Look out kid
It's somethin' you did
God knows when
But you're doin' it again
You better duck down the alley way
Lookin' for a new friend
A man in a coon-skin cap
In a pig pen
Wants eleven dollar bills
You only got ten.

Maggie comes fleet foot
Face full of black soot
Talkin' that the heat put
Plants in the bed but
The phone's tapped anyway
Maggie says that many say
They must bust in early May
Orders from the DA
Look out kid
Don't matter what you did
Walk on your tip toes
Don't tie no bows
Better stay away from those
That carry around a fire hose
Keep a clean nose
Wash the plain clothes
You don't need a weather man
To know which way the wind blows.

Get sick, get well
Hang around an ink well
Ring bell, hard to tell
If anything's gonna sell
Try hard, get barred
Get back, write Braille
Get jailed, jump bail Join the army, if you fail
Look out kid
You're gonna get hit
But losers, cheaters
Six-time users
Hang around the theaters
Girl by the whirlpool is
Lookin' for a new fool
Don't follow leaders
Watch the parkin' meters.

Ah get born, keep warm
Short pants, romance, learn to dance
Get dressed, get blessed
Try to be a success
Please her, please him, buy gifts
Don't steal, don't lift
Twenty years of schoolin'
And they put you on the day shift
Look out kid
They keep it all hid
Better jump down a manhole
Light yourself a candle
Don't wear sandals
Try to avoid the scandals
Don't wanna be a bum
You better chew gum
The pump don't work
'Cause the vandals took the handles.

Alanis Morissette cantando Subterranean homesick blues e Blowin' in the wind, no UK Music Hall of fame:


Red Hot Chili Peppers:


Harry Nilsson:

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

422 – The Beatles – You're going to lose that girl (1965)

Escrita em conjunto por John e Paul, foi gravada em 15 de fevereiro de 1965 e lançada em 6 de agosto do mesmo ano no disco Help!, o quinto disco de estúdio dos Beatles. Foi a última canção composta pelo banda antes de partirem pras filmagens do filme Help!. Foi composta na casa de John, em Weybridge.

Na letra, o cara, um pé de lã, avisa ao “amigo”, que se ele não valorizar a namorada dele, o cantor pé de lã irá tirá-la dele. Foram usados acordes de doo-wop na composição. John canta no estilo pergunta e resposta com uma resposta entusiastica de Paul e George Harrison nos backing vocals. Essa é uma última música considerada da fase inicial dos Beatles. A partir do próximo disco, o Rubber Soul, já entramos em outra fase mais elaborada.

Possui algumas similaridades com outra canção deles, Another girl. Pra deixar o som mais cheio, Paul tocou um piano, um trablho que até então era feito pelo produtor George Martin. E Ringo adicionou uns bongôs. Eles queriam explorar a novidade de então até o maximo, a maquina de gravar de four-track, adicionando mais instrumentos pra deixar o som mais encorpado.

No filme Help!, a banda aparece cantando a canção no estúdio de gravação, inclusive Paul tocando piano e Ringo os bongôs, além deles tocando baixo e bateria, respectivamente. No fim, os bandidos usam uma serra pra serrar ao redor da bateria. O produtor pede pra gravarem novamente por causa do barulho e eles se perguntam quem está fazendo barulho e quando percebem, Ringo desaparece junto com a bateria.

Foi gravada em português por Renato e seus Blue Caps. Los Darts cantaram em espanhol. Dwight Twilley gravou-a em 2009, Anya Marina em 2012, entre outros artistas.

Na gravação, John cantou e tocou violão rítmico, Paul tocou baixo, piano e fez backing vocals. Geore Harrison tocou guitarra solo e fez backing vocals. Ringo tocou bateria e bongôs.

A letra:

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
If you don't take her out tonight
She's going to change her mind
And I will take her out tonight
And I will treat her kind

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
If you don't treat her right, my friend
You're going to find her gone
Cos I will treat her right, and then
You'll be the lonely one

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
I'll make a point
Of taking her away from you, yeah
The way you treat her what else can I do?

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
I'll make a point
Of taking her away from you, yeah
The way you treat her what else can I do?

If you don't take her out tonight
She's going to change her mind
And I will take her out tonight
And I will treat her kind
You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
You're going to lose that girl

A versão original dos Beatles:


A versão de Anya Marina:


Sanada Maitreya and The Nudge Nudge:


De brinde, Renato e seus Blue Caps (O meu primeiro amor):

2047 – ABBA – The winner takes it all (1980)

Escrita por Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, foi gravada em 1980 e lançada em 21 de julho de 1980, no compacto que tinha Elaine como La...