sexta-feira, 30 de outubro de 2015

430 – Sonny and Cher – I got you, babe (1965)

Escrita por Sonny Bono, foi lançada em 9 de julho de 1965 no primeiro disco da dupla Look at us. Também foi lançada em compacto com It's gonna rain como Lado B. Esse compacto chegou ao número 1 dos charts pop americanos em agosto de 1965 e ficou três semanas no topo. Vendeu mais de um milhão de cópias na época e tambem foi número 1 no Canada e número 1 no Reino Unido.

É a canção de número 444 da lista das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Sonny Bono trabalhava como Compositor e produtor para Phil Spector. Então ele resolveu escrever essa canção pra ele mesmo e sua esposa, Cher, uma noite no basement da casa deles. O Wrecking Crew participou da gravação. Hal Blaine foi o baterista. I got you babe se tornou a música da carreira deles e a gravação definiu o começo do movimento contracultural hippie.

A canção era o sentimento oporto de It ain't me babe, de Bob Dylan. A diferença era a letra complexa de Dylan e simples de Sonny. Ele começava com “They”, sugerindo pessoas que colocavam barreiras no romance deles. No entanto, enquanto a estrutura da música de Dylan era simples, a de Sonny era mais ambiciosa estruturalmente.

Com o tempo de valsa, as vezes escutamos um oboé tocado por Warren Webb. Os vocais se alternam, deixando a canção mais interessante.

Além de número 1 nos três países já citados, foi também número 3 na Australia, 6 na Austria, 12 na Belgica, 8 na Finlandia, 7 na França, 3 na Alemanha, 2 na Irlanda, 4 na Holanda, 1 na Nova Zelandia, 6 na Noruega, 5 em Singapura, 5 na Africa do Sul, 5 na Suécia e 7 na Suíça.

20 anos depois, em 1985, o UB40 lançou uma versão em conjunto com Chrissie Hynde, dos Pretenders. Essa versão saiu no disco Baggariddim, do UB40, de 1985 e também dos Pretenders The Singles, de 1987. A versão deles chegou ao número 1 dos charts britanicos e número 28 dos charts pop americanos.

Em 1993, Cher gravou uma versão com Beavis and Butthead, do desenho animado. Essa gravação chegou ao TOP40 no Reino Unido, Belgica e Suécia, assim como TOP10 na Holanda.

A letra:

They say we're young and we don't know
We won't find out until we're grown
Well I don't know if all that's true
'Cause you got me, and baby I got you

Babe
I got you babe
I got you babe

They say our love won't pay the rent
Before it's earned,
Our money's all been spent
I guess that's so, we don't have a pot
But at least I'm sure
Of all the things we got

Babe
I got you babe
I got you babe

I got flowers in the spring
I got you to wear my ring
And when I'm sad, you're a clown
And if I get scared, you're always around

Don't let them say your hair's too long
'Cause I don't care,
With you I can't go wrong
Then put your little hand in mine
There ain't no hill or mountain
We can't climb

Babe
I got you babe
I got you babe

I got you to hold my hand
I got you to understand
I got you to walk with me
I got you to talk with me
I got you to kiss goodnight
I got you to hold me tight
I got you, I won't let go
I got you to love me so
I got you babe
I got you babe
I got you babe
I got you babe

Sonny and Cher:


UB40 and Chrissie Hynde:


Cher com Beavis and Butthead:

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

429 – The Beach Boys – Help me, Rhonda (1965)

Escrita Brian Wilson e Mike Love, foi gravada nos dias 8 e 19 de janeiro de 1965 no United Western Recorders em Hollywood, California e lançada em 8 de março de 1965 no disco Today! Foi lançada também no dia 5 de abril em um compacto que tinha Kiss me baby como Lado B.

Chegou ao número 1 nos charts pop americanos, se tornando o segundo compacto dos Beach Boys a chegar ao número 1. O primeiro foi I get around, de 1964, já comentado aqui no nosso blog. Help me, Rhonda foi o primeiro compacto dos Beach Boys a ter Al Jardine nos vocais principais.

A letra conta a narrativa de como um cara estava atraído por uma menina e então a mesma arranja outro cara e para ajudar no processo de cura, ele pede a outra garota, Rhonda, pra ajudá-lo nesse processo.

Foi gravada com os Beach Boys e a Wrecking Crew: Carl Wilson, Bill Pitman e Glen Campbell nas guitarras, Billy Strange no ukulelê, Ray Pohlman no baixo, Leon Russell no piano, Hal Blaine na bateria e timbal, Julius Wetcher nas claves, Billy Lee Riley na gaita, Steve Douglas e Plas Johnson nos sa tenor e Jay Migliori no sax baritono. Al Jardine fez o vocal principal e Carl Wilson Dennis Wilson, Mike Love e Brian Wilson fizeram os backing vocals.

Nao tem um solo de guitarra sequer e a música começa com uma introdução breve de ukulelê.

Na primeira sessão de gravação, Murry Wilson, o pai dos irmãos Wilson, chegou bebado no estúdio, reclamando da gravação e do entusiasmo dos membros da banda. Brian Wilson ficou puto, tirou os headphones e a briga foi toda gravada e espalhada aos fãs da banda.

Além de número 1 nos Estados Unidos, chegou ao número 1 no Canadá, número 5 na Suécia, número 10 na Alemanha e Austrália, número 2 em Singapura, número 3 nas Filipinas, número 5 em Hong Kong, número 9 na Irlanda e número 27 no Reino Unido.

Os Beach Boys tocaram com o Grateful Dead em 27 de abril de 1971 no Fillmore East em NYC. Jerry Garcis deu o seu toque especial naquela oportunidade à canção.

Foi regravada por Roy Orbison em 1970, por Johnny Rivers em 1975, Jan and Dean em 1982, Brian Wilson em 2000, Ricky Martin em 2001, Al Jardine e Steve Miller em 2010, entre outros.

A letra:

Well since she put me down I 've been out doin' in my head
Come in late at night and in the mornin' I just lay in bed

Well, Rhonda you look so fine (look so fine)
And I know it wouldn't take much time
For you to help me Rhonda
Help me get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda yeah
Get her out of my heart

She was gonna be my wife
And I was gonna be her man
But she let another guy come between us
And it shattered our plan


Well, Rhonda you caught my eye (caught my eye)
And I can give you lotsa reasons why
You gotta help me Rhonda
Help me get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda yeah
Get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda yeah
Get her out of my heart

Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda
Help me Rhonda
Help, help me Rhonda

The Beach Boys:


Johnny Rivers:


Brian Wilson e Al Jardine, em 2014:

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

428 – The Beatles – You've got to hide your love away (1965)

Escrita por John Lennon mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 18 de fevereiro de 1965 e lançada em 6 de agosto de 1965 no álbum Help!

O vocal de John foi inspirado em Bob Dylan. John escreveu a canção em casa, querendo uma música nova pro filme Help!, no periodo em que ele chamou de Periodo Dylan. Paul disse que a canção era basicamente John sendo Bob Dylan.

A canção não tem backing vocals e uma percussão leve. Um acompanhamento basicamente acustico, com exceção do baixo de Paul. Foi adicionada uma flauta tenor e uma flauta alta, tocada por John Scott.

John tocou violão de 12 cordas, Paul tocou baixo, George Harrison tocou violão clássico. Ringo tocou bateria com baquetas de escova, pandeiro e maracas. E John Scott, flauta alta e flauta tenor.

Foi regravada por Eddie Vedder em 2001. The Beach Boys em 1965. Jan and Dean em 1966. Oasis, Waylon Jennings e outros artistas.

A letra:

Here I stand head in hand
Turn my face to the wall
If she's gone I can't go on
Feeling two-foot small

Everywhere people stare
Each and every day
I can see them laugh at me
And I hear them say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

How can I even try
I can never win
Hearing them, seeing them
In the state I'm in

How could she say to me
Love will find a way
Gather round all you clowns
Let me hear you say

Hey you've got to hide your love away
Hey you've got to hide your love away

A versão dos Beatles:


A versão de Eddie Vedder:


Oasis:

terça-feira, 27 de outubro de 2015

427 – The Animals – It's my life (1965)

Escrita Roger Atkins e Carl D'Errico, foi lançada pelos Animals em outubro de 1965, em um compacto que tinha I'm going to change the world como Lado B.

A gravação foi impulsionada pelo riff de baixo de Chas Chandler, seguida de um riff de guitarra eletrica de 12 cordas tocada por Hilton Valentine. Ao que tudo indica, esses riffs que deram força à canção. O órgão de Alan Price foi quem fez a distinção dos Animals pra os outros artistas da Invasão Britânica e diferenciando tambem do Dave Clark Five por causa do tom mais sombrio. Aí então entrava a voz rouca do vocalista Eric Burdon, dando o toque final ao som dos Animals.

Chegou ao número 2 no Canadá, número 5 na Noruega, número 7 no Reino Unido e número 23 nos Estados Unidos.

A letra:

It's a hard world to get a break in
All the good things have been taken
But girl there are ways
To make certain things pay
Though I'm dressed in these rags
I'll wear sable some day
Hear what I say
I'm gonna ride the serpent
No more time spent sweatin' rent
Hear my command
I'm breakin' loose, it ain't no use
Holdin' me down, stick around
And baby, baby
Remember, remember
It's my life and I'll do what I want
It's my mind and I'll think like I want
Show me I'm wrong, hurt me sometime
But some day I'll treat you real fine
There'll be women and their fortunes
Who just want to mother orphans
Are you gonna cry
While I'm squeezin' them dry
Takin' all I can get, no regrets
When I, openly lie
And live on their money
Believe me honey, that money
Can you believe, I ain't no saint
No complaints
So girl throw out
Any doubt
And baby (baby)
Remember (remember)
It's my life and I'll do what I want
It's my mind and I'll think like I want
Show me I'm wrong, hurt me sometime
But some day I'll treat you real fine
(It's my life and I'll do what I want) Don't push me
(It's my mind and I'll think like I want) It's my life
(It's my life and I'll do what I want) And I can do what I want
(It's my mind and I'll think like I want) You can't tell me
(It's my life and I'll do what I want)

The Animals em 1965:


Bon Jovi:


Eric Burdon and The Animals, ao vivo na Espanha, em 2011:

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

426 – Bob Dylan – Gates of Eden (1965)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 15 de janeiro de 1965 e lançada no quinto disco de estúdios dele chamado Bringing it all back home em 22 de março de 1965. Depois foi lançada em compacto como Lado B de Like a rolling stone, em 20 de julho de 1965.

Bob Dylan gravou a canção somente acompanhado pelo seu violão e gaita. É uma das canções de Dylan mais surreais. A poesia abstrata parte de um visão de pesadelo. Cada verso é uma descrição de uma sociedade em decomposição.

Apesar do título da canção sugerir uma esperança de paraíso, não existe paraíso nesse lugar que a canção descreve. Ao invés disso, o imaginário descreve corrupção e decadencia. A frase final de cada verso é seguida por uma nota de gaita que enfatiza que esse Eden não pode ser alcançado.

A fé cega que a vida pós a morte é de perdão é uma mentira, pois cria complacencia nessa vida daqui. É o que fala a música. No primeiro verso, um ajo cowboy montado em nuvens procura o sol usando uma vela de cera preta. No segundo verso, o choro de bebês que procuram silencio no paraíso é abafado pelos objetos metalicos de uma cidade industrializada. No terceiro verso, um soldado selvagem coloca a cabeça na areia como um avestruz e espera juntamente com um caçador surdo pelo mítico barco que leva ao paraíso.

No quarto verso, Aladim e sua lampada mágica e macacos montam no pordo dourado que promete o paraíso e ouvintes apenas riem dessa promessa quando eles de fato chegam no paraíso. O quinto verso descreve marxistas filosofando e esperando por reis para sucederem uns aos outros, enquanto o público ignora-os, pois sabem que eles não são reis no paraíso.

No verso seis, um motociclista atormenta um homem de negocios baixinho, enquanto um urubu fica obervando. Ambos estao preocupados com o pecado, mas não há pecados na morte no paraíso. O verso sete conta que os reinos da experiencia eventualmente apodrecem, pessoas pobres brigam entre si pelas suas parcas posses e a nobreza fica apenas balbuciando a respeito, mas nada disso importa no paraíso.

No oitavo verso, as pessosa tentam mudar os destinos delas, mas tudo isso é fútil quando eles chegam no paraíso. No verso final, a amante do narrador conta a ele dos sonhos dela, mas ele percebe que o seu sonho de morte é o único verdadeiro.

Foi regravada por Julie Felix em 1967, Arlo Guthrie em 1973, Ralph McTell, Bryan Ferry, Michel Montecrossa, e uma versão de Dylan e Neil Young em 1992, entre outros artistas.

A letra:

Of war and peace the truth just twists
Its curfew gull it glides
Upon four-legged forest clouds
The cowboy angel rides
With his candle lit into the sun
Though its glow is waxed in black
All except when 'neath the trees of Eden.

The lamppost stands with folded arms
Its iron claws attached
To curbs 'neath holes where babies wail
Though it shadows metal badge
All and all can only fall
With a crashing but meaningless blow
No sound ever comes from the Gates of Eden.

The savage soldiers sticks his head in sand
And then complains
Unto the shoeless hunter who's gone deaf
But still remains
Upon the beach where hound dogs bay
At ships with tattooed sails
Heading for the Gates of Eden.

With a time-rusted compass blade
Aladdin and his lamp
Sits with Utopian hermit monks
Side saddle on the Golden Calf
And on their promises of paradise
You will not hear a laugh
All except inside the Gates of Eden.

Relationships of ownership
They whisper in the wings
To those condemned to act accordingly
And wait for succeeding kings
And I will try to harmonize with songs
The lonesome sparrow sings
There are no kings inside the Gates of Eden.

The motorcycle black Madonna
Two-wheeled gypsy queen
And her silver-studded phantom cause
The gray flannel dwarf to scream
As he weeps to wicked birds of prey
Who pick up on his bread crumb sins
And there are no sins inside the Gates of Eden.

The kingdoms of Experience
In the precious winds they rot
While paupers change possessions
Each one wishing for what the other has got
And the princess and the prince
Discuss what's real and what is not
It doesn't matter inside the Gates of Eden.

The foreign sun, it squints upon
A bed that is never mine
As friends and other strangers
From their fates try to resign
Leaving men wholly totally free
To do anything they wish to do but die
And there are no trials inside the Gates of Eden.

At dawn my lover comes to me
And tells me of her dreams
With no attempts to shovel the glimpse
Into the ditch of what each one means
At times I think there are no words
But these to tell what's true
And there are no truths outside the Gates of Eden.

A versão de Julie Felix:


A versão de Arlo Guthrie:


A versão de Bryan Ferry:

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

425 – The Beatles – Yes it is (1965)

Escrita por John Lennon, mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 16 de fevereiro de 1965 e lançada em 9 de abril de 1965 no Reino Unido e em 19 de abril de 1965 nos Estados Unidos, em um compacto que tinha Ticket to tide no Lado A.

É uma das mais completas e dissonantes harmonias vocais de tres partes dos Beatles e mostra o uso de George Harrison começando a usar um pedal de volume na guitarra.

John disse que fez Yes it is numa tentativa de refazer This boy e ele acha que não funcionou muito bem. Já Paul disse que é uma canção de John que ele gosta muito, muito bem feita. Paul disse que assitiu quando John a finalizou.

Levaram 5 horas de gravação, com 14 takes sendo precisos pra terminar. Foi a canção que levaram mais tempo para gravar em 1965. Gravaram no mesmo dia que gravaram I need you. As harmonias vocais de John, Paul e George Harrison demorou 3 horas pra serem gravadas, cantando ao vivo, juntos.

Os críticos consideram a canção mais profunda psicologicamente criada pelo Beatles até então e que foi um grande passe pro desenvolvimento deles como compositores. Billy Joel disse que sua canção Through the long night, de 1980, foi baseada em Yes it is. Don Henley gravou uma versão acustica no Bridge School Benefit.

Na gravação, John fez os vocais principais e tocou um violão semi-acustico. Paul fez as harmonias vocais e tocou baixo. George Harrison fez as harmonias vocais e tocou guitarra com pedal de volume. Ringo tocou bateria e pandeiro.

A letra:

If you wear red tonight
Remember what I said tonight
For red is the color that my baby wore
And what is more, it's true
Yes it is

Scarlet were the clothes she wore
Everybody knows I've sure
I could remember all the things we planned
Understand, it's true
Yes it is, it's true
Yes it is

I could be happy with you by my side
If I could forget her, but it's my pride
Yes it is, yes it is
Oh, yes it is, yeah

Please don't wear red tonight
This is what I said tonight
For red is the color that will make me blue
In spite of you, it's true
Yes it is, it's true
Yes it is

I could be happy with you by my side
If I could forget her, but it's my pride
Yes it is, yes it is
Oh, yes it is, yeah

Please don't wear red tonight
This is what I said tonight
For red is the color that will make me blue
In spite of you, it's true
Yes it is, it's true
Yes it is, it's true

A gravação original dos Beatles:


A gravação de Don Henley:


O cover de Lulu Bazterrica:

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

424 – The Rolling Stones – The last time (1965)

Escrita por Mick Jagger e Keith Richards, foi em 11 e 12 de janeiro de 1965, nos estúdios da RCA, em Hollywood, California. Foi lançada em 26 de fevereiro de 1965 no Reino Unido e 13 de março de 1965 nos Estados Unidos, em um compacto que tinha Play with fire como Lado B.

Foi o primeiro compacto escrito por Mick Jagger e Keith Richards. Foi o terceiro compacto dos Stones à chegarem no numero 1 no Reino Unido, ficando três semanas no topo, no fim de março de 1965 e começo de abril. Chegou ao número 2 na Irlanda. O riff era tocado por Brian Jones e os acordes os solos eram tocados por keith Richards.

Mick Jagger cantou e tocou percussão. Brian Jones tocou guitarra. Keith Richards tocou guitarra solo e fez backing vocals. Bill Wyman tocou baixo e fez backing vocals. Charlie Watts tocou bateria.

Foi regravada pelos Grateful Dead ao vivo. The Andrew Oldham Orchestra gravou-a com cordas, arranjada por David Whitaker. Ronnie Bird lançou uma versão em francês. The Who gravou-a em 1967. Bruce Springsteen sempre tocava-a nos seus shows. Bobby Bare gravou-a em 1978, Dusan Prelevic gravou uma versão em sérvio.

The Tractor gravaram-na em 1997. Também em 1997 a banda The Verve colocou um sample de The last time com as cordas em sua clássica Bitter Sweet Symphony.

Em 1998 Mare Winningham gravou uma versão. Em 2002 foi a vez de John Farnham. Nena gravou em 2007. Mick Jagger gravou com Arcade Fire para um episódio de Saturday Night Live.

A versão do The Who foi gravada em 28 de junho de 1967 e lançada logo em 30 de junho de 1967 em um compacto que tinha Under my thumb como Lado B.

A gravação desse compacto se deu porque Mick Jagger e Keith Richards foram presos por estarem portando drogas. Eles gravaram essas duas canções dos Stones pra ajudar na fiança da dupla. Mas quando o compacto saiu, eles já haviam sido soltos. Foram gravadas nas pressas e ficaram nas lojas por uma semana apenas. O baixista do The Who John Entwistle estava em lua-de-mel e autorizou Pete Townshend a gravar o baixo por ele nas duas gravações. Chegaram ao número 44 dos charts britanicos.

A letra:

Well I told you once and I told you twice
But you never listen to my advice
You don't try very hard to please me
With what you know it should be easy
Well this could be the last time
This could be the last time
Maybe the last time
I don't know. Oh no. Oh no

Well, I'm sorry girl but I can't stay
Feelin' like I do today
It's too much pain and too much sorrow
Guess I'll feel the same tomorrow
Well this could be the last time
This could be the last time
Maybe the last time
I don't know. Oh no. Oh no

Well I told you once and I told you twice
That someone will have to pay the price
But here's a chance to change your mind
Cos' I'll be gone a long, long time
Well this could be the last time
This could be the last time
Maybe the last time
I don't know. Oh no. Oh no
Well, this could be the last time

Stones em 1965:


A versão do The Who:


A versão de Andrew Oldham Orquestra, instrumental, que foi usada em Bitter sweet symphony:

terça-feira, 20 de outubro de 2015

423 – Bob Dylan – Subterranean homesick blues (1965)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 14 de outubro de 1965, nos estúdios da Columbia Records, em new York City. Foi lançada inicialmente em 8 de março de 1965 em um compacto que tinha She belongs to me como Lado B. Também foi lançada duas semanas depois no álbum Bringing it all back home. Foi o primeiro TOP 40 de Dylan nos Estados Unidos, chegando ao número 39. Chegou também ao número 10 no Reino Unido.

Subterranean homesick blues foi uma das primeiras músicas eletrificadas de Dylan. Dylan disse posteriormente que essa canção era um amalgama de 3 lados, pois continha elementos de Jack Kerouac, de Peter Seeger e Guthrie e de Too much monkey business de Chuck Berry. The Subterraneans foi um livro lançado por Kerouac em 1958.

Fala sobre drogas e política. Fala sobre caretice, os trabalhadores de 40 horas semanais e a contra cultura dos anos 60s. Sobre a guerra do Vietnã. Uma geração inteira reconheceu o Zeitgeist dessa canção. Falava também do movimento dos direitos civis americanos.

Subterranean homesick blues é a música de número 322 da lista das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stones. Uma frase da música: “You don't need a weatherman...”, foi a mais citada por juízes e advogados nos Estados Unidos comparando com qualquer outro compositor.

John Lennon disse que a canção era tão cativante que ele não sabia como ele seria capaz de compor algo que fosse comparado com ela.

Foi regravada por Gregory Isaacs, Tim O'Brien, Red Hot Chili Peppers, Harry Nilsson, Alanis Morissette, entre outros artistas.

Na gravação original, Bob Dylan tocou violão, gaita e cantou. Al Gorgoni, Kenny Rankin e Bruce Langhone tocaram guitarras. Joseph Macho Jr. E William E. Lee tocaram baixo e Bobby Gregg tocou bateria. 

O video clipe dessa musica, ideia original de Dylan passando cartazes com palavras ou frases, ja foi copiado milhoes de vezes pelo mundo afora. 

A letra:

Johny's in the basement
Mixing up the medicine
I'm on the pavement
Thinking about the government
The man in a trench coat
Badge out, laid off
Says he's got a bad cough
Wants to get it paid off
Look out kid
It's somethin' you did
God knows when
But you're doin' it again
You better duck down the alley way
Lookin' for a new friend
A man in a coon-skin cap
In a pig pen
Wants eleven dollar bills
You only got ten.

Maggie comes fleet foot
Face full of black soot
Talkin' that the heat put
Plants in the bed but
The phone's tapped anyway
Maggie says that many say
They must bust in early May
Orders from the DA
Look out kid
Don't matter what you did
Walk on your tip toes
Don't tie no bows
Better stay away from those
That carry around a fire hose
Keep a clean nose
Wash the plain clothes
You don't need a weather man
To know which way the wind blows.

Get sick, get well
Hang around an ink well
Ring bell, hard to tell
If anything's gonna sell
Try hard, get barred
Get back, write Braille
Get jailed, jump bail Join the army, if you fail
Look out kid
You're gonna get hit
But losers, cheaters
Six-time users
Hang around the theaters
Girl by the whirlpool is
Lookin' for a new fool
Don't follow leaders
Watch the parkin' meters.

Ah get born, keep warm
Short pants, romance, learn to dance
Get dressed, get blessed
Try to be a success
Please her, please him, buy gifts
Don't steal, don't lift
Twenty years of schoolin'
And they put you on the day shift
Look out kid
They keep it all hid
Better jump down a manhole
Light yourself a candle
Don't wear sandals
Try to avoid the scandals
Don't wanna be a bum
You better chew gum
The pump don't work
'Cause the vandals took the handles.

Alanis Morissette cantando Subterranean homesick blues e Blowin' in the wind, no UK Music Hall of fame:


Red Hot Chili Peppers:


Harry Nilsson:

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

422 – The Beatles – You're going to lose that girl (1965)

Escrita em conjunto por John e Paul, foi gravada em 15 de fevereiro de 1965 e lançada em 6 de agosto do mesmo ano no disco Help!, o quinto disco de estúdio dos Beatles. Foi a última canção composta pelo banda antes de partirem pras filmagens do filme Help!. Foi composta na casa de John, em Weybridge.

Na letra, o cara, um pé de lã, avisa ao “amigo”, que se ele não valorizar a namorada dele, o cantor pé de lã irá tirá-la dele. Foram usados acordes de doo-wop na composição. John canta no estilo pergunta e resposta com uma resposta entusiastica de Paul e George Harrison nos backing vocals. Essa é uma última música considerada da fase inicial dos Beatles. A partir do próximo disco, o Rubber Soul, já entramos em outra fase mais elaborada.

Possui algumas similaridades com outra canção deles, Another girl. Pra deixar o som mais cheio, Paul tocou um piano, um trablho que até então era feito pelo produtor George Martin. E Ringo adicionou uns bongôs. Eles queriam explorar a novidade de então até o maximo, a maquina de gravar de four-track, adicionando mais instrumentos pra deixar o som mais encorpado.

No filme Help!, a banda aparece cantando a canção no estúdio de gravação, inclusive Paul tocando piano e Ringo os bongôs, além deles tocando baixo e bateria, respectivamente. No fim, os bandidos usam uma serra pra serrar ao redor da bateria. O produtor pede pra gravarem novamente por causa do barulho e eles se perguntam quem está fazendo barulho e quando percebem, Ringo desaparece junto com a bateria.

Foi gravada em português por Renato e seus Blue Caps. Los Darts cantaram em espanhol. Dwight Twilley gravou-a em 2009, Anya Marina em 2012, entre outros artistas.

Na gravação, John cantou e tocou violão rítmico, Paul tocou baixo, piano e fez backing vocals. Geore Harrison tocou guitarra solo e fez backing vocals. Ringo tocou bateria e bongôs.

A letra:

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
If you don't take her out tonight
She's going to change her mind
And I will take her out tonight
And I will treat her kind

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
If you don't treat her right, my friend
You're going to find her gone
Cos I will treat her right, and then
You'll be the lonely one

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
I'll make a point
Of taking her away from you, yeah
The way you treat her what else can I do?

You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
I'll make a point
Of taking her away from you, yeah
The way you treat her what else can I do?

If you don't take her out tonight
She's going to change her mind
And I will take her out tonight
And I will treat her kind
You're going to lose that girl
You're going to lose that girl
You're going to lose that girl

A versão original dos Beatles:


A versão de Anya Marina:


Sanada Maitreya and The Nudge Nudge:


De brinde, Renato e seus Blue Caps (O meu primeiro amor):

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

421 – Paul Simon – I am a rock (1965)

Escrita por Paul Simon, foi gravada e lançada por ele inicialmente em agosto de 1965, no seu disco The Paul Simon Songbook e depois lançada em um compacto que tinha Leaves that are green como Lado B. Essa é a versão escolhida pela lista do Discografia Obrigatória.

Em janeiro de 1966, ela foi regravada, agora pela dupla Simon and Garfunkel. Paul Simon a escreveu antes ainda de 1964, mas não havia lançado-a. A canção fala de isolamento e distanciamento emocional.

Na versão de Paul Simon sozinho, ele fez uma versão acústica, só com violão. Na versão de Simon and Garfunkel, foi adicionada a parte elétrica. O compacto de Simon and Garfunkel com I am rock chegou ao número 3 dos charts pop americanos. O de Paul Simon foi um fracasso comercial.

Foi regravada pelos Hollies em 1966, Bobby Goldsboro em 1968, April Wine em 2001, Shaw Blades em 2007, entre outros artistas.

A letra:

A winter's day
In a deep and dark December;
I am alone,
Gazing from my window to the streets below
On a freshly fallen silent shroud of snow.

I am a rock,
I am an island.

I've built walls,
A fortress deep and mighty,
That none may penetrate.
I have no need of friendship; friendship causes pain.
It's laughter and it's loving I disdain.

I am a rock,
I am an island.

Don't talk of love,
But I've heard the words before;
It's sleeping in my memory.
And I won't disturb the slumber of feelings that have died.
If I never loved I never would have cried.

I am a rock,
I am an island.

I have my books
And my poetry to protect me;
I am shielded in my armor,
Hiding in my room, safe within my womb.
I touch no one and no one touches me.

I am a rock,
I am an island.

And a rock can't feel no pain;
And an island never cries.

A versão de Paul Simon sozinho, de 1965:


A versão de Simon and Garfunkel, de 1966:


A versão dos Hollies, também de 1966:

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

420 – Bob Dylan – It's alright, Ma (I'm only bleeding) (1965)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 15 de janeiro de 1965, nos estúdios da Columbia Records, em New York City. Foi lançada em 22 de março de 1965 no disco Bringind it all back home. Foi escrita no verão de 1964 e tocada pela primeira vez ao vivo em 10 de outubro de 1964. A canção é considerada uma obra prima de Dylan, que traz imagens memoráveis.

Entre as frases mais conhecidas estao: “Money doesn't talk, it swears”, “He is not busy being born, he is busy dying” e “Even the president of the United States sometimes must have to stand naked”. A letra expressa a raiva de Dylan com a hipocrisia, o comercialismo, consumismo, e toda a cultura contemporanea americana, mas ao contrário das músicas anteriores, ele não expressa otimismo na possibilidade de soluções políticas.

Foi gravada no mesmo dia que Mr. Tambourine man, Gates of Eden e It's all over now, baby blue. Tom Wilson foi o produtor. O único acompanhamento é o violão de Dylan, tocando riffs de folk blues, subindo e descendo, na progressão dos acordes.

A estrutura de acordes dessa canção é similar à usada pelos Everly Brothers em Wake up little Susie. Críticos sugerem que a canção diz que o problema político mais importante do nosso tempo é que nós somos todos alimentados com um falso quadro da realidade e que isso chega até nós a partir de todas as direções possíveis.

É um indivíduo alienado que começar a identificar as caracteristicas do mundo ao redor dele e que declara sua liberdade dessas regras. Dylan canta com uma nova voz profetica que seria sua marca registrada. Essa é a música até então com uma figura poetica mais complexa da carreira dele.

Começa canção com o apocalítico trecho: “Darkness at the break of noon/Shadows even the silver spoon/The handmade blade, the child's balloon/Eclipses both the sun and moon/To understand you know too soon/There is no sense in trying.”

Provavelmente a frase inicial se refere ao livro Darkness at noon, que se passa na Russia Soviética em 1938, no periodo de Stalin. A canção tambem traz muitos elementos do Livro do Eclasiastes. A canção continua desfiando frases e pensamentos desconcertantes, até acabar dizendo que se as pessoas visse o que ele pensa, com certeza a cabeça dele iria parar numa guilhotina: “And if my thought-dreams could be seen/They'd probably put my head in a guillotine/But it's alright, Ma, it's life and life only”.
A canção é cantada quase sem Dylan respirar, muito rapidamente. Dylan disse que It's alright, Ma (I'm only bleeding) é uma de suas canções que ele mais considera importantes. Em 1980, ele disse que não conseguiria sentar e escrever It's alright, Ma (I'm only bleeding), que não saberia nem como começar. Em 1997, ele disse que existem canções que ele olhava pra trás e pensava: “Uau, como fiz isso?”, e essa canção era uma delas.

Já foi regravada por Roger McGuinn, pro filme Easy Rider, pois Peter Fonda iria usar a versão de Dylan, mas não pôde por questoes de direitos autorais e então pediu à McGuinn pra gravar uma versão e resolveu o problema. Nessa gravação, McGuinn canta e toca violão e Gene Parsons, dos Byrds, toca gaita.

Também foi regravada pelos Byrds, Nannie Parres, Bettina Jonic, Billy Preston, Terence Trenty D'Arby, Caetano Veloso, Mick Farren, Lee Abramson, entre outros.

A letra:

Darkness at the break of noon
Shadows even the silver spoon
The handmade blade, the child's balloon
Eclipses both the sun and moon
To understand you know too soon
There is no sense in trying.

Pointed threats, they bluff with scorn
Suicide remarks are torn
From the fools gold mouthpiece
The hollow horn plays wasted words
Proved to warn
That he not busy being born
Is busy dying.

Temptation's page flies out the door
You follow, find yourself at war
Watch waterfalls of pity roar
You feel to moan but unlike before
You discover
That you'd just be
One more person crying.

So don't fear if you hear
A foreign sound to you ear
It's alright, Ma, I'm only sighing.

As some warn victory, some downfall
Private reasons great or small
Can be seen in the eyes of those that call
To make all that should be killed to crawl
While others say don't hate nothing at all
Except hatred.

Disillusioned words like bullets bark
As human gods aim for their marks
Made everything from toy guns that sparks
To flesh-colored Christs that glow in the dark
It's easy to see without looking too far
That not much
Is really sacred.

While preachers preach of evil fates
Teachers teach that knowledge waits
Can lead to hundred-dollar plates
Goodness hides behind its gates
But even the President of the United States
Sometimes must have
To stand naked.

An' though the rules of the road have been lodged
It's only people's games that you got to dodge
And it's alright, Ma, I can make it.

Advertising signs that con you
Into thinking you're the one
That can do what's never been done
That can win what's never been won
Meantime life outside goes on
All around you.

You loose yourself, you reappear
You suddenly find you got nothing to fear
Alone you stand without nobody near
When a trembling distant voice, unclear
Startles your sleeping ears to hear
That somebody thinks
They really found you.

A question in your nerves is lit
Yet you know there is no answer fit to satisfy
Insure you not to quit
To keep it in your mind and not forget
That it is not he or she or them or it
That you belong to.

Although the masters make the rules
For the wise men and the fools
I got nothing, Ma, to live up to.

For them that must obey authority
That they do not respect in any degree
Who despite their jobs, their destinies
Speak jealously of them that are free
Cultivate their flowers to be
Nothing more than something
They invest in.

While some on principles baptized
To strict party platforms ties
Social clubs in drag disguise
Outsiders they can freely criticize
Tell nothing except who to idolize
And then say God Bless him.

While one who sings with his tongue on fire
Gargles in the rat race choir
Bent out of shape from society's pliers
Cares not to come up any higher
But rather get you down in the hole
That he's in.

But I mean no harm nor put fault
On anyone that lives in a vault
But it's alright, Ma, if I can't please him.

Old lady judges, watch people in pairs
Limited in sex, they dare
To push fake morals, insult and stare
While money doesn't talk, it swears
Obscenity, who really cares
Propaganda, all is phony.

While them that defend what they cannot see
With a killer's pride, security
It blows the minds most bitterly
For them that think death's honesty
Won't fall upon them naturally
Life sometimes
Must get lonely.

My eyes collide head-on with stuffed graveyards
False gods, I scuff
At pettiness which plays so rough
Walk upside-down inside handcuffs
Kick my legs to crash it off
Say okay, I have had enough
What else can you show me ?

And if my thought-dreams could been seen
They'd probably put my head in a guillotine
But it's alright, Ma, it's life, and life only.

Bob Dylan ao vivo em Manchester, Inglaterra, em 1965, com It's alright, Ma (I'm only bleeding):


A versão de Roger McGuinn pro filme Easy Rider, de 1969:


A versão de Terence Trenty D'Arby:

sábado, 10 de outubro de 2015

419 – The Beatles – It's only love (1965)

Escrita por John Lennon mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 15 de junho de 1965 e lançada no disco Help! Em 6 de agosto de 1965.

Lennon disse em 1980 que nunca gostou dessa canção.

John cantou e tocou violão. Paul tocou baixo. George Harrison tocou guitarra solo e Ringo tocou bateria e pandeiro.

Foi regravada por Bryan Ferry em 1976, por Gary U.S. Bonds em 1981, Tyler Hilton em 2000, Peter Cetera em 2001 e Dwight Twilley em 2009.

A letra:

I get high when I see you go by
My oh my
When you sigh, my, my inside just flies
Butterflies
Why am I so shy when I'm beside you?

It's only love and that is all
Why should I feel the way I do?
It's only love, and that is all
But it's so hard loving you

Is it right that you and I should fight
Every night?
Just the sight of you makes nighttime bright
Very bright
Haven't I the right to make it up girl?

It's only love and that is all
Why should I feel the way I do?
It's only love, and that is all
But it's so hard loving you
Yes it's so hard loving you, loving you

A versão original dos Beatles:


A versão de Bryan Ferry:


A versão de Peter Cetera:

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

418 – The Lovin' Spoonful – Do you believe in magic? (1965)

Escrita por John Sebastian, foi lançada pelo The Lovin' Spoonful em agosto de 1965, no disco Do you believe in magic e depois lançada em compacto, tendo como Lado B a música On the road again. A canção chegou ao número 9 dos charts pop americanos. De acordo com a letra, a mágica é o poder da música de proporcionar alegriae liberdade tanto pra quem faz música quanto pra quem curte.

O baterista da gravação foi Gary Chester. A versão do Lovin' Spoonful é o número 216 da lista das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Em 1977, a canção foi hit novamente, com Shaun Cassidy. Foi também regravada por John Mellencamp em 1976, Bud Rank, Randy Van Warmer, The Format, BBMak, Steve Tyrell, Aly & AJ, entre outros. A versão de Aly & AJ chegou ao número 2 dos charts de vendas e número 23 no Canadá, em 2005.

John Sebastian disse que apressou os três acordes de Love is like a heaven, de Martha and The Vandellas pra criar a introdução de Do you believe in magic.

A letra:

Do you believe in magic, in a young girl's heart?
How the music can free her, whenever it starts
And it's magic, if the music is groovy
It makes you feel happy like an old-time movie
I'll tell you about the magic and it'll free your soul
But it's like tryin' to tell a stranger 'bout rock and roll
If you believe in magic, don't bother to choose
If it's jug band music or rhythm and blues
Just go and listen, it'll start with a smile
It won't wipe off your face, no matter how hard you try
Your feet start tapping and you can't seem to find
How you got there, so just blow your mind
If you believe in magic, come along with me
We'll dance until mornin' 'til there's just you and me
And maybe, if the music is right
I'll meet you tomorrow, sort of late at night
And we'll go dancing, baby, then you'll see
How the magic's in the music and the music's in me
Yeah, do you believe in magic?
Yeah, believe in the magic of a young girl's soul
Believe in the magic of rock and roll
Believe in the magic that can set you free
Oh, talkin' 'bout magic
(Do you believe like I believe?)
Do you believe in magic?
(Do you believe like I believe?)
Do you believe, believer?
(Do you believe like I believe?)
Do you believe in magic?
(Do you believe like I believe?)

A versão original do Lovin' Spoonful:


A versão de John Cougar Mellemcamp:


A versão de Aly & AJ:

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

417 – Bob Dylan – Desolation row (1965)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 4 de agosto de 1965 nos estúdios da Columbia Records, em New York City. Foi lançada em 30 de agosto de 1965 no disco Highway 61 Revisited, o sexto disco de Bob Dylan. Ficou conhecida pelo seu longo tempo, 11 minutos e 21 segundos e por sua letra surreal, onde Dylan mistura personagens da história,da ficção e da Bíblia, dentro da sua invenção de uma série de eventos.

Na gravação, um guitarrista de Nashville chamado Charlie McCoy estava em New York City e oi chamado pelo produtor Bob Johnston para tocar um violão acustico improvisado na gravação de Desolation Row. Somado com o próprio violao de Dylan e o baixo de Russ Savakus.

Desolation row foi descrita como o trabalho mais ambicioso de Bob Dylan até o momento. Críticos disseram que Dylan atingiu um alto nível de lirismo poético com essa canção.

Desolation row com Bob Dylan é a canção de número 178 das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Foi regravada em 2009 pelo My Chemical Romance. Grateful Dead sempre tocava Desolation row ao vivo desde metade dos anos 1980s. Em 2003 foi regravada por Chris Smither com Bonnie Raitt. E Fabrizio de André gravou uma versão em italiano. Âge Aleksandersen gravou em Noruegues. Dan Tillberg em Sueco.

A letra:

They're selling postcards of the hanging
They're painting the passports brown
The beauty parlor is filled with sailors
The circus is in town
Here comes the blind commissioner
They've got him in a trance
One hand is tied to the tight-rope walker
The other is in his pants
And the riot squad they're restless
They need somewhere to go
As Lady and I look out tonight
From Desolation Row.

Cinderella, she seems so easy
"It takes one to know one," she smiles
And puts her hands in her back pockets
Bette Davis style
And in comes Romeo, he's moaning,
"You belong to Me I Believe."
And someone says, "You're in the wrong place, my friend
You'd better leave."
And the only sound that's left
After the ambulances go
Is Cinderella sweeping up
On Desolation Row.

Now the moon is almost hidden
The stars are beginning to hide
The fortune-telling lady
Has even taken all her things inside
All except for Cain and Abel
And the hunchback of Notre Dame
Everybody is making love
Or else expecting rain
And the Good Samaritan, he's dressing
He's getting ready for the show
He's going to the carnival tonight
On Desolation Row.

Ophelia, she's 'neath the window
For her I feel so afraid
On her twenty-second birthday
She already is an old maid
To her, death is quite romantic
She wears an iron vest
Her profession's her religion
Her sin is her lifelessness
And though her eyes are fixed upon
Noah's great rainbow
She spends her time peeking
Into Desolation Row.

Einstein, disguised as Robin Hood
With his memories in a trunk
Passed this way an hour ago
With his friend, a jealous monk
NOW, he looked so immaculately frightful
As he bummed a cigarette
Then he went off sniffing drainpipes
And reciting the alphabet
You would not think to look at him
But he was famous long ago
For playing the electric violin
On Desolation Row.

Dr. Filth, he keeps his world
Inside of a leather cup
But all his sexless patients
They ARE trying to blow it up
Now his nurse, some local loser
She's in charge of the cyanide hole
And she also keeps the cards that read
"Have Mercy on His Soul"
They all play on the penny whistle
You can hear them blow
If you lean your head out far enough

From Desolation Row.
Across the street they've nailed the curtains
They're getting ready for the feast
The Phantom of the Opera
In a perfect image of a priest
They are spoon-feeding Casanova
To get him to feel more assured
Then they'll kill him with self-confidence
After poisoning him with words
And the Phantom's shouting to skinny girls
"Get outta here if you don't know"
Casanova is just being punished for going
To Desolation Row.

At midnight all the agents
And the superhuman crew
Come out and round up everyone
That knows more than they do
Then they bring them to the factory
Where the heart-attack machine
Is strapped across their shoulders
And then the kerosene
Is brought down from the castles
By insurance men who go
Check to see that nobody is escaping
To Desolation Row.

Praise be to Nero's Neptune
The Titanic sails at dawn
Everybody's shouting
"Which side are you on?"
And Ezra Pound and T. S. Eliot
Fighting in the captain's tower
While calypso singers laugh at them
And fishermen hold flowers
Between the windows of the sea
Where lovely mermaids flow
And nobody has to think too much
About Desolation Row.

Yes, I received your letter yesterday
About the time the door knob broke
When you asked me how I was doing
Or was that some kind of joke?
All these people that you mention
Yes, I know them, they're quite lame
I had to rearrange their faces
And give them all another name
Right now I can't read too good
Don't send me no more letters no
Not unless you mail them
From Desolation Row.


Grateful Dead com Desolation row ao vivo em 1989:


A versão de Robyn Hitchcock:


A versão de Chris Smither:

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

416 – The Beatles – I need you (1965)

Escrita por George Harrison, foi lançada pelos Beatles no disco Help!, depois de dois discos sem músicas autorais de George (A hard day's night e Beatles for Sale). Foi gravada em 15 e 16 de fevereiro de 1965 e lançada em 6 de agosto de 1965 no disco Help!.

Foi a primeira sessão de gravação da banda em 1965 e na mesma sessão foram gravadas também Ticket to ride e Another girl. George fez a música pra Pattie Boyd, que ele havia conhecido em 1964 e que casou em janeiro de 1966.

O solo de guitarra cadenceado foi feito com o uso de um pedal de volume. Era a primeira vez que George usava um em uma gravação.

George Harrison fez os vocais principais e tocou guitarra solo de 12 cordas. John fez os backing vocals e tocou violão base de cordas de nylon. Paul fez backing vocals e tocou baixo e Ringo tocou bateria e sino.

A letra:

You don't realize how much I need you
Love you all the time and never leave you
Please come on back to me
I'm lonely as can be
I need you

Said you had a thing or two to tell me
How was I to know you would upset me?
I didn't realize as I looked in your eyes
You told me, oh yes, you told me, you don't want my lovin' anymore
That's when it hurt me and feeling like this I just can't go on anymore

Please remember how I feel about you
I could never really live without you
So, come on back and see just what you mean to me. I need you

But when you told me, you don't want my lovin' anymore
That's when it hurt me and feeling like this I just can't go on anymore

Please remember how I feel about you
I could never really live without you
So, come on back and see just what you mean to me
I need you
I need you
I need you

A versão original dos Beatles:


Tom Petty no Concert for George:


America:

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

415 – The Byrds – Turn! Turn! Turn! (1965)

Escrita por Peter Seeger no fim dos anos 50s, foi gravada pelos Byrds em setembro de 1965, nos estúdios da Columbia Records, em Hollywood, na California. Foi lançada logo em 1 de outubro em um compacto que tinha She don't care about me como Lado B.

A letra foi adaptada do capítulo 3 do Livro do Eclesiastes. Foi gravada inicialmente pelos Limeliters e atendia pelo título To everything there is a season, em 1962. E alguns meses foi regravada pelo próprio Seeger. Mas só se tornou um hit internacional com a gravação dos Byrds e nossa escolha na lista.

A versão dos Byrds chegou logo ao número 1 dos charts pop americanos em 4 de dezembro de 1965, um dia antes do meu pai completar 17 anos de idade. A música da adolescencia dele é de me causar inveja. Turn, turn, turn também chegou ao número 3 no Canadá e número 26 no Reino Unido.

O texto bíblico selecionado pra música diz que há um tempo e lugar para todas as coisas: Riso e tristeza, cura e matança, guerra e paz e por ai vaí.

A canção, como foi dito anteriormente, foi gravada inicialmente pelo grupo folk Limeliter, mesmo antes da versão de Peter Seeger, sob o titulo de To everything there is a season. Um dos membros dos Limeliters era Roger McGuinn. Quando saiu dos Limeliters e foi tocar com Judy Collins, McGuinn fez um arranjo novo dessa canção pra ela gravar em 1963, já com o novo título Turn, turn, turn (To everything there is a season). Quando deixou de tocar com ela e formou os Byrds, ele decidiu regravar a canção com sua nova banda.

Mas antes disso, foi regravada ainda em 1963 por Marlene Dietrich, em alemão, com Burt Bacharach regendo a orquestra na gravação. Em 1964 foi também regravada pelo artista australiano Gary Shearston.

A ideia de regravar veio durante uma turnê, onde Dolores, esposa de Roger McGuinn pediu pra tocarem a música dentro do onibus da banda. O jeito que ele tocou soou mais como folk rock do que apenas folk e caiu como uma luva na intenção deles de seguirem nessa linha.

Foram necessarios 78 takes para gravar a música, espalhados em 5 dias. Possui os elementos de harmonias vocais e guitarra Rickebacker de 12 cordas.

Foi regravada também por Jan & Dean em 1965, The Seekers, em 1966, Mary Hopkins em 1968, Nina Simone, em 1969, Dolly Parton, em 1984, Chris de Burgh, em 2008, Tori Amos em 2010, entre outros artistas.

A letra:

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time to every purpose under heaven

A time to be born, a time to die
A time to plant, a time to reap
A time to kill, a time to heal
A time to laugh, a time to weep

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time to every purpose under heaven

A time to build up, a time to break down
A time to dance, a time to mourn
A time to cast away stones
A time to gather stones together

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time to every purpose under heaven

A time of love, a time of hate
A time of war, a time of peace
A time you may embrace
A time to refrain from embracing

To everything - turn, turn, turn
There is a season - turn, turn, turn
And a time to every purpose under heaven

A time to gain, a time to lose
A time to rend, a time to sew
A time for love, a time for hate
A time for peace, I swear it's not too late!


A versão original dos Byrds:


Roger McGuinn, ex-Byrds:


Bruce Springsteen, com Roger McGuinn:

2047 – ABBA – The winner takes it all (1980)

Escrita por Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, foi gravada em 1980 e lançada em 21 de julho de 1980, no compacto que tinha Elaine como La...