segunda-feira, 10 de outubro de 2016

547 – The Animals – Don't bring me down (1966)

Escrita Carole King e Gerry Goffin, foi gravada pelos Animals no início de 1966 e lançada em 17 de maio de 1966 num compacto que tinha Cheating como Lado B. Foi a terceira gravação épica dos Animals do Brill Building. As duas primeiras foram We gotta get out of this place, de 1965 e It's my life, do mesmo ano.

O arranjo dos Animals tinha um pulsante riff de órgão de Dave Rowberry, com uma linha de baixo potente de Chas Chandler e uns acordes fuzz de guitarra de Hilton Valentine. Don't bring me down foi um grande hit, chegando ao número 6 no Reino Unido, número 12 nos charts pop americanos, número 3 no Canadá e número 17 na Alemanha.

A letra:

When you complain, and criticize
I feel I'm nothing in your eyes
It makes me feel like giving up
Because my best just ain't good enough

Girl I want to provide for you
And do all the things you want me to

Oh, oh no, don't bring me down
I'm begin' you darlin'
Oh, oh no, don't bring me down

Sacrifices how we make
I'm ready to give, as well as take
One thing I need is your respect
One thing I can't take is your neglect

Woman anything I need your love
And troubles are easy to rise above

Oh, oh no
Don't bring me down
Oh no, no, no
Oh, oh no
Don't bring me down

You complain, and criticize
I feel I'm nothing in your eyes
It makes me feel like giving up
Because my best just ain't good enough

Girl I want to provide for you
And do all the things you want me to

Oh, oh no, don't bring me down
No, no, no, no, no
I'm Beggin'
Oh, oh no, don't bring me down

A versão dos Animals:


A versão de Tom Petty and The Heartbreakers:


A versão de Jeff McNeal

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

546 – The Beatles – Tomorrow never knows (1966)

Escrita por John Lennon mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 6, 7 e 22 de abril de 1966 e lançada em 5 de agosto de 1966, no disco Revolver. Na verdade, foi a última música do disco. Foi gravada através de um auto-falante Leslie, que era usado pra auto-falante do órgão Hammond. Pedaços de fita foram preparados pelos Beatles para serem inseridos na música, com a bateria de Ringo numa batida constante mas com um padrão bem diferente. É considerada uma das maiores canções do seu tempo. Pitchfork Media colocou-a como número 19 das 200 melhores canções dos anos 1960s. Rolling Stone Magazine colocou-a como número 19 das 100 maiores canções dos Beatles.

A letra foi inspirada num livro de Timothy Leary, Richard Alpert e Ralph Metzner chamado A experiencia psicodelica: A manuel baseado no livro tibetano dos mortos. John comprou o livro, foi pra casa, tomou LSD e seguiu as instruções como estavam no livro. O titulo foi inspirado nas frases que Ringo vivia falando, assim como A hard day's night e Eight days a week.

A ideia de John era soar como se fossem 100 monges tibetanos cantando. Foi ai que surgiu a ideia do auto-falante do piano. John cantou, tocou órgão Hammond e fez os tape loops. Paul tocou baixo, solo de guitarra ao contrario e fez os tape loops. George Harrison tocou cítara, tambura, e fez os tape loops. Ringo tocou bateria, pandeiro e fez os tape loops. George Martin tocou piano.

Foi regravada por Jimmi Hendrix, Phill Collins, The Grateful Dead, Living colour, David Lee Roth, Dave Matthews, Oasis, entre outros.

A letra:

Turn off your mind, relax and float down stream
It is not dying, it is not dying

Lay down all thoughts, surrender to the void
It is shining, it is shining

Yet you may see the meaning of within
It is being, it is being

Love is all and love is everyone
It is knowing, it is knowing...

... that ignorance and hates may mourn the dead
It is believing, it is believing

But listen to the colour of your dreams
It is not living, it is not living

So play the game "Existence" to the end...
... Of the beginning, of the beginning
Of the beginning, of the beginning
Of the beginning, of the beginning
Of the beginning, of the beginning

A versão dos Beatles:


A versão de Phil Collins:


A versão de Herbie Hancock com Dave Matthews:

terça-feira, 4 de outubro de 2016

545 – Buffalo Springfield – Do I have to come right out and say it? (1966)

Escrita por Neil Young, foi gravada pelo Buffalo Springfield em agosto de 1966, no Gold Star Studios, em Los Angeles, California. Os vocais não foram feitos por Young, mas sim por Richie Furay. Foi lançada em 5 de dezembro de 1966, no disco de estréia da banda, quando meu pai completava 18 anos de idade, exatamente no dia.

A letra:

Do I have to come right out and say it?
Tell you that you look so fine
Do I have to come right out and ask you to be mine?

If it was a game I could play it
Tryin' to make it but I'm losin' time
I got to bring you in, you're overworkin' my mind

Indecision is crowding me
I have no room to spare
And I can't believe she'd care
Like a dream she has taken me
And now I don't know where
And a part of me is scared
The part of me I shared
Once before

Do I have to come right out and say it?
Tell you that you look so fine (Look so fine)
Do I have to come right out and ask you to be mine?

Indecision is crowding me
I have no room to spare
And I can't believe she'd care
Like a dream she has taken me
And now I don't know where
And a part of me is scared
The part of me I shared
Once before

Do I have to come right out and say it, girl?
Tell you that you look so fine (Look so fine)
Do I have to come right out and ask you to be mine?

If it was a game I could play it
Tryin' to make it but I'm losin' time (Losin' time)
I got to bring you in, you're overworkin' my mind

Do I have to come right out and say it, girl?
Tell you that you look so fine (Look so fine)

A versão do Buffalo Springfield:


A versão de Gilliam Michael:


A versão de Blank Tapes:

terça-feira, 27 de setembro de 2016

544 – The Byrds – Eight miles high (1966)

Escrita por Gene Clark, Roger McGuinn e David Crosby, foi gravada em 24 e 25 de janeiro de 1966, no Columbia Studios, em Hollywood, California. Lançada em 14 de março de 1966, num compacto que tinha Why como Lado B.

A influencia de Eight miles high veio da música de Ravi Shankar e de John Coltrane. Ajudou muito a desenvolver o chamado rock psicodélico, o raga rock e o pop psicodélico. É uma das primeiras músicas do rock psicodélico. É também um clássico da era da contracultura. Foi banida do rádio e não teve grande sucesso comercial. Chegou ao número 14 dos charts pop americanos e número 24 nos charts do Reino Unido. Foi inclusa no terceiro disco da banda, Fifth Dimension, lançado em 18 de julho de 1966. foi o terceiro e último TOP 20 nos Estados Unidos. Foi tambem o ultimo release antes da saída de Gene Clark, um dos principais compositores da banda naquele momento.

A letra fala do voo do grupo pra Londres, em agosto de 1965. Fala oito milhas de altura e quando você aterrissa, você descobre que é mais estranho do que conhecido. Embora as companhias aereas voem na altitude de 6 a 7 milhas de altura, oito milhas ficou mais poético. Tambem relembrou o titulo dos Beatles, Eight days a week.

Eles falam: Rain grey town, known for its sound, ou seja, cidade cinza chuvosa, conhecida pelo seu som, uma referencia a invasão britanica nos charts americanos. Outra referencia foi Nowhere is there warmth to be found, among those afraid of losing their ground, uma referencia a reação hostil da imprensa musical e do processo de plágio do nome de uma banda inglesa chamada The Birds.

A ideia foi discutida, mas nunca havia tomado forma até novembro de 1965, numa turnê dos Byrds pelos Estados Unidos. Pra aliviar o tédio das viagens, Crosby trouxe uns cassetes com ele, de Ravi Shankar e de John Coltrane, que não paravam de rodar o tempo todo no onibus da banda.

Em 1999, recebeu um Grammy. É o número 151 da lista da revista Rolling Stone das 500 maiores canções de todos os tempos. Q Magazine colocou-a como número 50 das 100 maiores musicas de guitarra de todos os tempos.

No mesmo mês que Eight miles high foi lançada, Gene Clark deixou a banda, alegando medo de voar, mas na verdade sua tendencia pra ansiedade e paranoia foram as razoes, alem do seu isolamento dentro da própria banda.

Foi regravada pelos Ventures, Emerson, Lake and Palmer, Crowded House, Roger McGuinn,

A letra:

Eight miles high and when you touch down
You'll find that it's stranger than known
Signs in the street that say where you're going
Are somewhere just being their own

Nowhere is there warmth to be found
Among those afraid of losing their ground
Rain gray town known for its sound
In places small faces unbound

Round the squares huddled in storms
Some laughing some just shapeless forms
Sidewalk scenes and black limousines
Some living, some standing alone

A versão dos Byrds:


A versão de Roger McGuinn:


A versão dos Ventures:

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

543 – The Beatles – Love you to (1966)

Escrita por George Harrison, foi gravada em 11 e 13 de abril de 1966 e lançada no disco Revolver, em 5 de agosto de 1966. Possui cítara e tabalas, instrumentos indianos. Os Beatles já tinham usado a cítara em Norwegian wood, mas Love you to foi a primeira música dos Beatles a refletir completamente a música clássica indiana. Teve a participação mínima dos outros membros da banda. Ele gravou-a com o tocador de Tabla Anil Bhagwat e outros músicos do Asian Music Circle, de Londres.

Para inspiração, George buscou o trabalho do tocador de cítara Ravi Shankar, que se tornou o instrutor de cítara dele, logo após a gravação ter terminado. Quanto a letra, é parcialmente uma canção de amor pra sua esposa, Pattie Boyd (ele havia casado com ele em janeiro de 1966), mas tambem continha elementos sobre sua experiencia com LSD. No contexto do lançamento, a canção é uma das primeiras dos Beatles que expressava uma ideologia alinhada com a contracultura emergente.

Foi escrita por George no começo de 1966, enquanto os Beatles estavam num raro período de férias, pois não estavam encontrando um filme bom pra fazerem. George usou esse tempo pra estudar mais cítara e música indiana. Love you to entrou como a quarta música do disco Revolver, que iniciaria a segunda fase dos Beatles.

A gravação teve George Harrison cantando e fazendo backing vocals, tocando violão, cítara, guitarra ritmica e guitarra solo. Paul fez backing vocal e Ringo tocou pandeiro. Anil Bhagwat tocou tabla e músicos do Asian Music Circle tocaram cítara e tambura.

A letra:

Each day just goes so fast
I turn around, it's past
You don't get time to hang a sign on me

Love me while you can
Before I'm a dead old man

A lifetime is so short
A new one can't be bought
But what you've got means such a lot to me

Make love all day long
Make love singing songs

Make love all day long
Make love singing songs

There's people standing round
Who'll screw you in the ground
They'll fill you in with all their sins, you'll see

I'll make love to you
If you want me to

A excelente versão de Johnny Nana:


A versão de Jim James:


A versão de Corner Shop:

terça-feira, 20 de setembro de 2016

542 – Simon and Garfunkel – The Dangling conversation (1966)

Escrita por Paul Simon, foi gravada em dezembro de 1965 e em agosto de 1966 e lançada em setembro de 1966 em um compacto que tinha The big bright green pleasure machine como lado B.

O tema é uma falha de comunicação entre dois amantes. A canção começa em um quarto cheio de sombras do sol que entra pela cortina e o quarto vai desaparecendo aos poucos. Os amantes são tão diferentes quanto os poetas que eles leem: Emily Dickson e Robert Frost.

Paul Simon disse que essa canção era comparada com The Sound of silence, sendo que essa é a mais pessoal, disse ele.

Chegou ao número 25 dos charts pop americanos e nunca entrou nos charts britanicos. Simon ficou muito desapontado com o fraco desempenho, acreditando que o tema era muito forte pra audiencia geral. Chegou a 27 nos charts canadenses.

Foi regravada por Joan Baez e ela mudou a frase Is the theater really dead por is the church really dead. Paul Simon liberou mas obrigou-a a escrever no disco que ele alertava que a frase corretas falava de teatro e não de igreja.

A letra:

It's a still life water color,
Of a now late afternoon,
As the sun shines through the curtained lace
And shadows wash the room.
And we sit and drink our coffee
Couched in our indifference,
Like shells upon the shore
You can hear the ocean roar
In the dangling conversation
And the superficial sighs,
The borders of our lives.

And you read your Emily Dickinson,
And I my Robert Frost,
And we note our place with bookmarkers
That measure what we've lost.
Like a poem poorly written
We are verses out of rhythm,
Couplets out of rhyme,
In syncopated time
And the dangled conversation
And the superficial sighs,
Are the borders of our lives.

Yes, we speak of things that matter,
With words that must be said,
"Can analysis be worthwhile?"
"Is the theater really dead?"
And how the room is softly faded
And I only kiss your shadow,
I cannot feel your hand,
You're a stranger now unto me
Lost in the dangling conversation.
And the superficial sighs,
In the borders of our lives.

A versão de Simon and Garfunkel:


A versão de Joan Baez:


A versão de Tbone Wilson:

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

541 – Donovan – Sunshine Superman (1966)

Escrita por Donovan, foi gravada em dezembro de 1965 e lançada em primeiro de julho de 1966 em um compacto que tinha The trip como Lado B.

Sunshine superman é tida como um dos clássicos de sua era. Chegou ao número 1 dos charts pop americanos e se tornou o título do terceiro disco de Donovan. Chegou também ao número 2 no Reino Unido. Foi a única música de Donovan a chegar ao número 1 nos charts pop americanos. Foi tambem número 2 na Australia, 11 na Belgica, 2 no Canadá, 9 na França, 7 na Alemanha, 4 na Irlanda, 54 na Italia, 2 na Holanda,

É um dos primeiros exemplo do genero musical que ficou conhecido como Psicodelia, que mistura estilos de folk psicodélico, pop psicodélico e folk rock. Donovan tocou violão, tambura e cantou. Jimmy Page e Eric Ford tocaram guitarra elétrica. John Cameron tocou harpsichord e fez os arranjos. Spike Heatley tocou baixo. Bobby Orr tocou bateria. Tony Carr percussão e John Paul Jones tocou baixo.

J.J. Cale regravou-a com sua banda Leathercoated Minds, em 1967.

A letra:

Sunshine came softly a-through my a-window today
Could've tripped out easy a-but I've a-changed my ways
It'll take time, I know it but in a while
You're gonna be mine, I know it, we'll do it in style
'Cause I made my mind up you're going to be mine

I'll tell you right now
Any trick in the book a-now, baby, all that I can find

Everybody's hustlin' a-just to have a little scene
When I say we'll be cool, I think that you know what I mean
We stood on a beach at sunset, do you remember when?
I know a beach where, baby, a-it never ends
When you've made your mind up forever to be mine

Hmm, hmm, hmm, hmm, hmm
I'll pick up your hand and slowly blow your little mind
'Cause I made my mind up you're going to be mine
I'll tell you right now
Any trick in the book a-now, baby, that I can find

Superman or Green Lantern ain't got a-nothin' on me
I can make like a turtle and dive for your pearls in the sea, yep
A-you you you can just sit there while thinking on your velvet throne
'Bout all the rainbows a-you can a-have for your own
When you’ve made your mind up, forever to be mine

Hmm, hmm, hmm, hmm, hmm
I’ll pick up your hand and slowly blow your little mind
When you’ve made your mind up, forever to be mine
I’ll pick up your hand, I’ll pick up your hand

A versão de Donovan:


A versão de Variety Lab:


A versão de Philippe Salmon:


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

540 – The Beatles – I'm only sleeping (1966)

Escrita por John Lennon mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 27 e 29 de abril e 5 e 6 de maio de 1966 e lançada no disco Revolver, de 5 de agosto de 1966.

A canção tem um som único de uma guitarra reversa tocada por George Harrison, as duas partes. Uma com normal e outra reversa. Uma com fuzz e a outra sem. George Harrison gastou cinco horas pra conseguir esse feito.

A música é sobre a alegria de ficar na cama ao invés de qualquer euforia causada por drogas. Enquanto não estava em turnê, John costumava gastar seu tempo dormingo, lendo, escrevendo ou vendo televisão, geralmente sob influencia de drogas e sempre precisava ser acordado por Paul para comporem.

Uma amiga jornalista de John disse que ele era o maior preguiçoso da Inglaterra, que ele podia dormir quase por tempo indeterminado. John disse que gostava de ler ou escrever ou assitir ou falar, mas que sexo era a única coisa física que ele se importava em fazer.

John fez os vocais principais e os backing vocals e tocou violão. Paul tocou baixo e fez os backing vocals. George Harrison tocou os solos de guitarra e fez os backing vocals. Ringo tocou bateria.

Foi regravada pelos Vines pra trilha sonora do filme I am Sam, de 2001.

A letra:

When I wake up early in the morning
Lift my head, I'm still yawning
When I'm in the middle of a dream
Stay in bed, float up stream (Float up stream)

Please, don't wake me, no, don't shake me
Leave me where I am, I'm only sleeping

Everybody seems to think I'm lazy
I don't mind, I think they're crazy
Running everywhere at such a speed
Till they find there's no need (There's no need)

Please, don't spoil my day, I'm miles away
And after all I'm only sleeping

Keeping an eye on the world going by my window
Taking my time

Lying there and staring at the ceiling
Waiting for a sleepy feeling...

Please, don't spoil my day, I'm miles away
And after all I'm only sleeping

Ooh yeah

Keeping an eye on the world going by my window
Taking my time

When I wake up early in the morning
Lift my head, I'm still yawning
When I'm in the middle of a dream
Stay in bed, float up stream (Float up stream)

Please, don't wake me, no, don't shake me
Leave me where I am, I'm only sleeping

A versão dos Beatles:


A versão dos Vines:


A versão do Oasis com Stereophonics:

terça-feira, 13 de setembro de 2016

539 – Buffalo Springfield – Out of my mind (1966)

Escrita por Neil Young, foi gravada pelo Buffalo Springfield em agosto de 1966, no Gold Star Studios, em Los Angeles. Teve Neil Young como vocalista. Foi a faixa número 11 do disco de estréia da banda.

A letra:

Out of my mind
And I just can't take it anymore
Left behind
By myself and what I'm living for
All I hear are screams from outside the limousines
That are taking me

Out of my mind
Through the keyhole in an open door
Happy to find
That I don't know what I'm smiling for
Tired of hanging on
If you've missed me, I've just gone
Cause they're taking me
Out of my mind

A versão de Buffalo Springfield:


A versão de Neil Young ao vivo em 2014, somente áudio:


A versõ de Demo do Buffalo Springfield:

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

538 – Bob Dylan – Visions of Johanna (1966)

Escrita por Bob Dylan, foi gravada em 14 de fevereiro de 1966 e lançada em 16 de maio de 1966 no disco Blonde on Blonde. Já havia sido gravada em novembro de 1965 sob o título de Freeze out, mas Bob Dylan não gostou o resultado e deixou-a em banho maria. Ele tentou novamente gravar em feveereiro de 1965, com outros músicos e só então ficou satisfeito para lançar.

Muitos críticos acham que Visions of Johanna é uma das maiores poesias de Dylan, com suas alusões e linguagem sutil. Em 1999, Sir Andrew Motion, um poeta do Reino Unido, disse que Visions of Johanna era uma das maiores letras de músicas já escritas até hoje.

Dylan escreveu Visions of Johanna quando estava morando no Chelsea Hotel, com sua esposa Sara grávida. A revista Rolling Stone colocou-a como o número 404 da sua lista das 500 maiores canções de todos os tempos.

Foi regravada pelo Grateful Dead e por Jerry Garcia como artista solo. Foi também regravada por Mariane Faithfull e muitos outros artistas.

A letra:

Ain't it just like the night to play tricks when you're tryin' to be so quiet ?
We sit here stranded, though we're all doing our best to deny it
And Louise holds a handful of rain, tempting you to defy it
Lights flicker from the opposite loft
In this room the heat pipes just cough
The country music station plays soft
But there's nothing really nothing to turn off
Just Louise and her lover so entwined
And these visions of Johanna that conquer my mind.

In the empty lot where the ladies play blindman's bluff with the key chain
And the all-night girls they whisper of escapades out on the D-train
We can hear the night watchman click his flashlight
Ask himself if it's him or them that's really insane
Louise she's all right she's just near
She's delicate and seems like the mirror
But she just makes it all too concise and too clear
That Johanna's not here
The ghost of electricity howls in the bones of her face
Where these visions of Johanna have now taken my place.

Now, little boy lost, he takes himself so seriously
He brags of his misery, he likes to live dangerously
And when bringing her name up
He speaks of a farewell kiss to me
He's sure got a lotta gall to be so useless and all
Muttering small talk at the wall while I'm in the hall
Oh, how can I explain ?
It's so hard to get on
And these visions of Johanna they kept me up past the dawn.

Inside the museums, Infinity goes up on trial
Voices echo this is what salvation must be like after a while
But Mona Lisa musta had the highway blues
You can tell by the way she smiles
See the primitive wallflower frieze
When the jelly-faced women all sneeze
Hear the one with the mustache say, "Jeeze
I can't find my knees."
Oh, jewels and binoculars hang from the head of the mule
But these visions of Johanna, they make it all seem so cruel.

The peddler now speaks to the countess who's pretending to care for him
Saying, "Name me someone that's not a parasite and I'll go out and say a prayer for him."
But like Louise always says
"Ya can't look at much, can ya man."

As she, herself prepares for him
And Madonna, she still has not showed
We see this empty cage now corrode
Where her cape of the stage once had flowed
The fiddler, he now steps to the road
He writes everything's been returned which was owed
On the back of the fish truck that loads
While my conscience explodes
The harmonicas play the skeleton keys and the rain
And these visions of Johanna are now all that remain.

A versão de Jerry Garcia:


A versão de Robyn Hitchcock:


Bob Dylan ao vivo:

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

537 – The Beatles – Got to get you into my life (1966)

Escrita por Paul McCartney mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 7 de abril de 1966 e 17 de junho de 1966. foi lançada em 5 de agosto de 1966 no disco Revolver. A canção é uma homenagem ao som da Motown, com seus instrumentos de sopro. Mas a letra já sugere uma experiencia psicoldélica. É uma ode à erva maldita. Foi lançada como compacto em 1976, seis anos após o fim dos Beatles e chegou ao número 6 dos charts pop americanos.

A letra sugere bem a questão da erva maldita. “I took a ride, I didn't know what I would find there/Another road where maybe I could see some other kind of mind there/What can I do? Who can I be? When I'm with you, I want to stay there/If I am true, Iwill never leave and If I do, I'll know the way there”.

Paul cantou e tocou baixo. John tocou guitarra ritmica e órgão. George Harrison tocou guitarra solo. Ringo tocou bateria e pandeiro. Eddie Thornton tocou trumpete, Ian Hammer tocou trumpet, Les Condon tocou trumpete, Alan Branscombe tocou sax tenor e Peter Coe tocou sax tenor.

Earth, Wind and Fire regravou-a em 1978. Chegaram ao número 1 dos charts de Soul nos Estados Unidos e número 9 nos charts pop americanos. Ganharam um Grammy de melhor arranjo instrumental acompanhando um vocalista. Venderam mais de um milhão de cópias.

Foi regravada tambem por Johnny Hallyday em 1966, Diana Ross and The Supremes em 1968, Ella Fitzgerald em 1969, The Four Tops em 1969, Tom Jones, Chicago, Joe Pesci e tantos outros artistas.

A letra:

I was alone, I took a ride
I didn't know what I would find there
Another road where maybe I could see another kind of mind there

Ooh, then I suddenly see you
Ooh, did I tell you I need you
Every single day of my life

You didn't run, you didn't lie
You knew I wanted just to hold you
And had you gone you knew in time we'd meet again
For I had told you

Ooh, you were meant to be near me
Ooh, and I want you hear me
Say we'll be together every day

Got to get you into my life

What can I do, what can I be
When I'm with you I want to stay there
If I'm true I'll never leave
And if I do I know the way there

Ooh, then I suddenly see you
Ooh, did I tell you I need you
Every single day of my life

Got to get you into my life
Got to get you into my life

I was alone, I took a ride
I didn't know what I would find there
Another road where maybe I could see another kind of mind there

Then suddenly I see you
Did I tell you I need you
Every single day?

A versão dos Beatles:


Paul McCartney na Casa Branca:


Diana Ross and The Supremes:

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

536 – Simon and Garfunkel – For Emily, whenever I may find her (1966)

Escrita por Paul Simon, foi gravada por Simon and Garfunkel em 22 de agosto de 1966 e lançada no disco Parsley, Sage, Rosemary and Thyme, em 1966. Foi cantada apelas por Art Garfunkel e consiste apenas em sua voz reverberada e um violão de 12 cordas.

A letra fala de encontrar um amor que havia se perdido. Foi regravada por Johnny Rivers em 1967, Ricky Nelson em 1969, Cliff Richard também em 1969, entre outros tantos artistas.

A letra:

What a dream I had
Pressed in organdy
Clothed in crinoline of smoky burgundy
Softer than the rain
I wandered empty streets
Down past the shop displays
I heard cathedral bells
Tripping down the alley ways
As I walked on

And when you ran to me
Your cheeks flushed with the night
We walked on frosted fields
Of juniper and lamplight
I held your hand

And when I awoke and felt you warm and near
I kissed your honey hair with my grateful tears
Oh, I love you, girl
Oh, I love you

A versão de Simon and Garfunkel:


A versão de Johnny Rivers:


A versão de Ricky Nelson:


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

535 – Donovan – Mellow yellow (1966)

Escrita por Donovan, foi gravada em outubro de 1966 e lançada em 24 de outubro de 1966 nos Estados Unidos, em um compacto que tinha Sunny South Kesington no Lado B.

Chegou no número 2 nos charts pop americanos em 1966 e número 8 no Reino Unido no começo de 1967. Chegou também ao número 7 na Australia, número 12 na Austria, número na Bélgica, número 1 no Canadá, 16 na França, número 16 na Alemanha, número 15 na Irlanda, número 14 na Itália e número 12 na Holanda e número 7 na Noruega.

Donovan falou que a canção fazia referencia a um vibrador chamado “electrical banana”, como ele disse na letra. Ele disse que a canção era sobre ficar relaxado, cool e que era sobre os vibradores que estavam surgindo para as damas.

A frase Mellow Yellow aparece no fim do livro Ulysses, de James Joyce.

A gravação tem um “q” de beatles e algumas vezes foi confundida com uma música dos Beatles.

Foi regravada por Michel Teló em 2015 pro filme Minions, além de outros artistas.

A letra:

I'm just mad about saffron
A-saffron's mad about me
I'm-a just mad about saffron
She's just mad about me

They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow

I'm just mad about fourteen
Fourteen's mad about me
I'm-a just mad about a-fourteen
A-she's just mad about me

They call me mellow yellow
They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow

Born-a high forever to fly
A-wind-a velocity nil
Born-a high forever to fly
If you want, your cup I will fill

They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow

So mellow yellow

Electrical banana
Is gonna be a sudden craze
Electrical banana
Is bound to be the very next phase

They call it mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow

Yes, saffron, yeah
I'm just-a mad about her
I'm-a just-a mad about-a saffron
She's just mad about me

They call it mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow (Quite rightly)
They call me mellow yellow

Oh, so yellow
Oh, so mellow

A versão de Donovan:


A versão de Charlie B:


A versão de Donovan quase 50 anos depois:


A versão de Michel Teló:


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

534 – The Beatles – Good day Sunshine (1966)

Escrita por Paul McCartney mas creditada à dupla Lennon/McCartney, foi gravada em 8 de junho de 1966 e lançada no álbum Revolver, em 5 de agosto de 1966.

Paul cantou e tocou piano, acompanhado por Ringo na bateria e depois ele tocou o baixo, quando estas partes já estavam gravadas. Tambem adicionou batidas de palmas, assim como Ringo também o fez. John tocou guitarra, bateu palmas e fez backing vocals. George Harrison só fez os backing vocals e bateu palmas. George Martin fez o solo de piano.

Paul disse que sua influência pra essa música foi Daydream, do Lovin' Spoonful. Lulu gravou-a em 1970. Paul regravou-a em 1984 no disco Give my regards to Broad Street.

Good day sunshine tem tocado como música despertador em muitas naves espaciais.

A letra:

Good day sunshine, good day sunshine, good day sunshine

I need to laugh and when the sun is out
I've got something I can laugh about
I feel good in a special way
I'm in love and it's a sunny day

Good day sunshine, good day sunshine, good day sunshine

We take a walk, the sun is shining down
Burns my feet as they touch the ground

Good day sunshine, good day sunshine, good day sunshine

Then we'd lie beneath the shady tree
I love her and she's loving me
She feels good, she knows she's looking fine
I'm so proud to know that she is mine.

Good day sunshine, good day sunshine, good day sunshine
Good day sunshine, good day sunshine, good day sunshine
Good day sunshine, good day sunshine, good day sunshine
Good day...

A versão de Paul McCartney:


A versão de Roy Redmond:


A versão de Lulu:

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

0095 – Bus stop - The Hollies (1966)

Escrita por Graham Gouldman, foi gravada em 18 de maio de 1966, nos estúdios da EMI, na famosa Abbey Road e lançada em 17 de junho de 1966, no compacto que tinha Don't run and hide como Lado B. Depois sairia em outubro de 1966, no disco que tinha o mesmo nome. Chegou ao número 5 dos charts Billboard HOT100, sendo o primeiro TOP 10 da banda na América. Também chegou ao número 5 no Reino Unido. Gouldman disse que teve a idéia da música enquanto estava em uma parada de ônibus. Chegou também ao número 1 no Canadá e na Suécia, número 2 na Austrália, número 3 na Nova Zelândia e Noruega, número 4 na Irlanda e Holanda, número 9 na Alemanha Ocidental e número 11 na África do Sul. Foi regravada pelos Herman's Hermits, Golden Boys (Cantando em português, chamada “Pensando nela”), The Guess Who e The Monalisa Twins, entre outros artistas.


Bus stop, wet day, she's there, I say
"Please, share my umbrella"
Bus stop, bus goes, she stays, love grows
Under my umbrella


All that summer, we enjoyed it
Wind and rain and shine
And that umbrella, we employed it
By August, she was mine


Every mornin', I would see her waiting at the stop
Sometimes she'd shopped and she would show me what she bought
All the people stared as if we were both quite insane
Someday my name and hers are going to be the same


That's the way the whole thing started
Silly but it's true
Thinkin' of a sweet romance
Beginning in a queue


Came the sun, the ice was melting
No more sheltering now
Nice to think that that umbrella
Led me to a vow


Every mornin', I would see her waiting at the stop
Sometimes she'd shopped and she would show me what she bought
All the people stared as if we were both quite insane
Someday my name and hers are going to be the same


On bus stop, wet day, she's there, I say
"Please, share my umbrella"
Bus stop, bus goes, she stays, love grows
Under my umbrella


All that summer, we enjoyed it
Wind and rain and shine
That umbrella, we employed it
By August, she was mine


A versão dos Hollies:


A versão de Monalisa Twins:


A versão de Graham Gouldman:

2047 – ABBA – The winner takes it all (1980)

Escrita por Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, foi gravada em 1980 e lançada em 21 de julho de 1980, no compacto que tinha Elaine como La...