terça-feira, 18 de setembro de 2012

154 – Ben E. King – Stand by me (1961)

Ben E. King gravou-a em 27 de outubro de 1960, mas só lançou-a em 1961, pelo selo Atco, sendo ele mesmo o produtor da gravação.  A canção chegou ao numero 1 dos charts de R&B e numero 4 nos charts pop americanos em 1961, alcançando o numero 9 dos charts pop americanos também em 1986, quando foi lançado um filme chamado Stand by me. 

Na Inglaterra chegou ao número 27 dos charts ingleses em 1961 e numero 1 em 1987, por causa do filme. Em 1987, chegou também ao número 3 na Suíça, numero 7 na Alemanha e Áustria, numero 8 na Suécia e numero 9 na Noruega. Trata-se de um clássico, primeiramente gravada por Ben E. King, e escrita por ele mesmo em conjunto com a dupla de compositores de sucesso Jerry Leiber e Mike Stoller, inspirada na canção religiosa Lord stand by me, com duas linhas baseadas nos salmos 46:2-3. O incrível é que até hoje, existem mais de 400 regravações dessa canção em todo o mundo. 

Stand by me é a canção número 122 da lista das maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone. Em 1999, foi declarada a quarta canção mais tocada do seculo 20, com cerca de 7 milhões de performances.

Jimi Hendrix regravou-a, parecida com a original, mas com a guitarra. The Searchers gravaram-a no seu disco de estreia, de 1963. Muhammad Ali gravou a canção em 1964. Otis Redding gravou-a no seu álbum Pain in my heart.

John Lennon fez a versão com a qual eu conheci a música e acho que muita gente. Da minha geração, acho que a versão de John Lennon é mais conhecida. Ele gravou-a em 1975, pro seu álbum Rock’n’Roll. Foi também o ultimo hit de Lennon, antes dele entrar pra aposentadoria do music business. A versão de Lennon é mais rock do que R&B. A introdução de violão é igual a da gravação de Only you, feita por Ringo, que John tocou os violões. A gravação de John chegou ao numero 20 dos charts pop americanos, numero 30 dos charts ingleses e numero 10 dos charts canadenses.  

O seu filho Julian Lennon gravou a canção ao vivo pra trilha sonora do filme Playing for keeps, de 1986.
Maurice White, do grupo Earth, Wind and Fire, gravou-a no seu álbum solo de 1985 chamado Maurice White. Chegou ao numero 6 dos charts de R&B, numero 11 dos charts de Hip-Hop e numero 50 dos charts pop americanos. 

Alvin and The Chipmunks gravaram a canção em 1987 pro episodio When the chips are down. O cantor Seal gravou-a no seu disco Soul. Lemmy Kilmister, Dave Lombardo e DJ Baron gravaram-a em 2009.

Ela foi a primeira musica a ser tocada no projeto Playing for change, em 2004. Desde então, já teve mais de 42 milhões hits no youtube. Em 2009, Bom Jovi, Richie Sambora e Andy Madadian gravaram essa canção, sendo a primeira parte cantada por Madadian em persa e o resto em ingles.

A letra:

When the night has come
And the land is dark
And the moon is the only light we'll see
No I won't be afraid
Oh, I won't be afraid
Just as long as you stand, stand by me

So darling, darling
Stand by me, oh stand by me
Oh stand, stand by me
Stand by me

If the sky that we look upon
Should tumble and fall
All the mountains should crumble to the sea
I won't cry, I won't cry
No, I won't shed a tear
Just as long as you stand, stand by me

And darling, darling
Stand by me, oh stand by me
Oh stand now, stand by me
Stand by me

So darling, darling
Stand by me, oh stand by me
Oh stand now, stand by me, stand by me
Whenever you're in trouble won't you stand by me
Oh stand by me, oh won't you stand now, stand
Stand by me  


Nesse clipe sensasional, foi feita uma montagem de King ainda nos anos 1960 e King com o sucesso de novo nos anos 1980, com os meninos do filme "Stand by me", incluindo ai o ator River Phoenix, já falecido. 



Agora a versão de John Lennon, de 1975:



Stand by me no Playing for a change, de 2004:


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

153 – Patsy Cline – Crazy (1961)

Trata-se de uma canção escrita por Willie Nelson no começo de 1961. Ele escreveu Crazy e deu pro cantor country Billy Walker, que a recusou. A peça é uma balada pop-jazz com elementos de country e uma melodia complexa.


A versão que temos aqui e a mais famosa é a feita pela cantora Patsy Cline, gravada em 21 de agosto de 1961 e lancada em 16 de outubro de 1961, pelo selo Decca. O Lado B do compacto tinha a canção “Who can I count on?”. Essa versão de Cline chegou ao número 2 dos charts country em 1962 e número 9 dos charts pop americanos. Chegou ao número 14 dos charts ingleses e irlandeses. É também o número 85 das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Quando Patsy Cline a gravou, ela já era uma superstar do country. Por outro lado, Nelson ainda era um principiante. Estavam em Nashville e Nelson pediu pro marido de Cline, Charlie Dick, para mostrar essa música pra ela. De inicio ela odiou, por causa da ma gravação da demo. No entanto, o produtor dela, Owen Bradley, adorou a canção e mudou o arranjo, deixando-a do jeito que é hoje.

Patsy estava se recuperando de um acidente de automóvel que quase a matou e estava com dificuldade de atingir as notas mais altas por causa das costelas quebradas. Tentaram e só conseguiram uma semana depois e nesse dia, só gravou uma vez e é a versão que conhecemos.

Quando Patsy Cline cantou pela primeira vez essa música no Grand Ole Opry de muletas, ela recebeu três ovações com o público de pé. Quando ela foi apresentar a música, ela disse: “I had a hit out called 'I Fall to Pieces' and I was in a car wreck. Now I'm really worried because I have a new hit single out and it’s called 'Crazy'."

Willie Nelson disse em 1993 que Crazy gravada por Patsy Cline era a sua canção favorita dele mesmo que qualquer pessoa já tinha gravado, por causa da enorme mágica em volta dela.

Linda Ronstadt também gravou-a, chegando ao número 6 dos charts country. Julio Iglesias também fez uma gravação, se tornando hits na Holanda, Grã-Bretanha e Nova Zelândia. Também gravaram Kenny Rogers, Don McClean, e o próprio Willie Nelson gravou-a diversas vezes. Incluindo uma excelente versão com Elvis Costello e Diana Krall, fazendo um trio espetacular.

Em 1980, fizeram um filme sobre a vida de Loretta Lynn chamado Coal Miner’s Daughter e a atriz Beverly D’Angelo fez o papel de Patsy Cline e cantou Crazy no filme.

A cantora country LeAnn Rimes gravou Crazy em 1999, no seu álbum de mesmo nome. Ela chegou a cantar essa música na Casa Branca pro presidente Bush e sua esposa Laura, pois Laura tinha dito que esta era uma das suas canções favoritas.

A letra:

Crazy
I'm crazy for feeling so lonely
I'm crazy
Crazy for feeling so blue
I knew you'd love me as long as you wanted
And then some day
You'd leave me for somebody new

Worry
Why do I let myself worry?
Wondering
What in the world did I do?

Oh, crazy
For thinking that my love could hold you
I'm crazy for trying
And crazy for crying
And I'm crazy for loving you

Crazy for thinking that my love could hold you
I'm crazy for trying
And crazy for crying
And I'm crazy for loving
You  


Patsy Cline em 1961, com Crazy:


Agora o autor da música, Willie Nelson, com Crazy ao vivo em 1992:
Agora a mais fuderosa: Willie Nelson, Diana Krall e Elvis Costello:


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

152 – Ray Charles – Hit the road, Jack (1961)



Trata-se de uma canção escrita pelo bluesman Percy Mayfield. Ficou famosa apos a gravação de Ray Charles. O compacto veio com The danger zone no lado B e foi lançado em setembro de 1961 pelo selo ABC. 

A canção é um breve dueto cômico entre uma mulher e o seu marido que parece que não presta pra nada. Ele fica pedindo pra ela pra ficar e ela diz que não, porque “it's understood: you ain't got no money, you just ain't no good."

A gravação de Charles foi o número 1 dos charts pop americanos por duas semanas, começando na segunda-feira dia 9 de outubro de 1961. A canção também se tornou número 1 nos charts de R&B, ficando nessa posição por 5 semanas e se tornando o sexto numero 1 de Ray Charles nesse chart. A canção foi eleita como numero 377 das maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.The Animals gravaram-a em 1966, Suzi Quatro em 1974 e John Mellencamp em 1976.

A letra:  

(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)

Woah Woman, oh woman, don't treat me so mean,
You're the meanest old woman that I've ever seen.
I guess if you say so
I'm gonna have to pack ma things and go. (That's right)

(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)

well baby, listen baby, don't ya treat me this-a way
Cause I'll be back on my feet some day.
(Don't care if you do 'cause it's understood)
(you ain't got no money you just ain't no good.)
Well, I guess if you say so
I'm gonna have to pack my things and go. (That's right)

(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)
What you say?
(Hit the road Jack and don't you come back no more, no more, no more, no more.)
(Hit the road Jack and don't you come back no more.)

well!! 


Ray Charles com Hit the road, Jack, nos anos 1960s:


Ao vivo no Japão em 1982:



Agora em 1996:

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

151 – The Marvelettes – Please, mister postman (1961)

A história conta que em abril de 1961, o grupo que se chamava ainda The Marvels, conseguiu uma audição com Berry Gordy, o chefão da Motown. Uma das meninas, Georgia Dobbins, queria uma canção original pra audição e pegou um blues de um amigo dela chamado William Garrett. Ela então mudou a canção, deixando-a mais com a cara do grupo.

Escrita por Georgia Dobbins, William Garrett, Freddie Gorman, Brian Holland e Robert Bateman. Esta canção fez parte do compacto simples de lançamento da carreira das Marvelletes para a Tamla. Foi a primeira canção da Tamla a chegar ao número 1 dos charts pop americanos. Isso ocorreu em final de 1961. Chegando também ao número 1 dos charts de R&B. Please Mr. Postman chegou também ao número 1 dos charts pops americanos em 1975, quando foi regravada pelos Carpenters.

Dobbins deixou o grupo depois da audição e foi substituída. Berry Gordy então mudou o grupo pra The Marvelettes e contratou os compositores Brian Holland e Robert Batteman para retrabalharem mais ainda a canção. Não satisfeito, ainda pediu pra Freddie Gorman dar um retoque final na música.

A gravação das Marvelettes tem a cantora principal Gladys Horton pedindo para que o carteiro traga de volta uma carta do namorado, que está na guerra. O acompanhamento é feito pelos Funk Brothers, que tinha Marvin Gaye na bateria.

Os Beatles fizeram uma regravação fantástica de Please Mr. Postman, com vocais principais de John Lennon e lançada no álbum With the Beatles, de 1963. No caso, ele troca o “namorado” por “namorada”.

Os Beatles tinham essa música no repertorio ao vivo deles em 1962, tocando-a muitas vezes no Cavern Club. A gravação dos Beatles foi a mais pura e simples que tinham. Vocais principais de John, que tocou guitarra rítmica. Paul tocou baixo e fez backing vocals. George tocou guitarra solo e fez backing vocals. E Ringo tocou bateria.

A versão dos Carpenters se parece com uma canção de rock dos anos 1950s. O compacto foi lançado no final de 1974, chegando ao número dos charts pops americanos em 1975 e vendeu 1 milhão de cópias recebendo o disco de ouro. O álbum que ela seria inclusa seria o Horizon, lançando em junho de 1975. O clipe foi feito em Disney e pode ser encontrado no DVD Gold: Greatest Hits, de 2002.

Além de numero 1 na América, a versão dos Carpenters foi número 1 também na Austrália, e Canada. Foi número 11 no Japão e numero 2 nos charts ingleses.

Diana Ross and The Supremes também fizeram uma versão de Please Mr. Postman.

A letra:

(Wait!)
Woh, yes, wait a minute Mr. Postman.
(Wait.)
Wait, Mr. Postman.

(Please, Mr. Postman, look and see,)
Woh, yeah.
(Is there a letter in your bag for me?)
Please, please, Mr. Postman.
(Must have been a mighty long time,)
Woh, yeah.
(Since I heard from that boyfriend of mine.)

There must be some word today (wah-doo),
From my boyfriend so far away (wah-doo).
Please, Mr. Postman, look and see (wah-doo).
Is there a letter, a letter for me?

I've been standin' here waitin', Mr. Postman.
(Wah-doo) so-woh, so patiently (wah-doo),
For just a card, or just a letter (wah-doo),
Sayin' he's returnin' home to me.

Please, Mr. Postman.
(Please, Mr. Postman, look and see,)
Woh, yeah.
(Is there a letter in your bag for me?)
Please, please, Mr. Postman.
(Must have been a mighty long time,)
Woah, yeah.
(Since I heard from that boyfriend of mine.)

So many days you passed me by.
You saw the tears standin' in my eyes.
You wouldn't stop to make me feel better,
By leavin' me a card or a letter.

Please, Mr. Postman, look and see,
Is there a letter, woh, yeah, in your bag for me?

You know it's been so long,
Yeah, since I heard from this boyfriend of mine.

You better wait a minute. (Wait.)
Wait a minute. (Wait a minute.)
Woh, you better wait a minute.
(Minute, wait a minute.)
Please, please, Mr. Postman.
(Wait, wait a minute Mr. Postman.)
Please, check and see, just one more time for me.

You better wait, (wait) wait a minute.
(Wait a minute,Mr. Postman.)
Wait a minute, wait a minute, wait a minute.
(Wait a minute, Mr. Postman.)
Please, Mr. Postman.
(Wait, wait a minute, Mr. Postman.)
Deliver de letter, da sooner the better.

Wait a minute, wait a minute. (Wait a minute.)
Wait a minute, please Mr. Postman. (Wait a minute.)
Wait a mintue, wait a minute.
Ah-ha. 


As Marvelettes em 1961:



A versão dos Beatles, de 1963, somente áudio:



Agora a versão dos Carpenters, tambem somente áudio:


terça-feira, 28 de agosto de 2012

150 – Chubby Checker – Let’s twist again (1961)


Escrita por Kal Mann e David Apell, foi lançada como um compacto simples em 19 de junho de 1961, como uma espécie de continuação de The Twist, também lancada por Checker em 1960. O Lado B do compacto foi Gonna be alright. A gravadora era a Parkway Records. 
 
Se tornou um dos maiores hits de 1961, chegando ao numero 2 nos charts britânicos e numero 8 nos charts pop americanos. A gravação recebeu o Grammy Award pelo melhor canção de rock and roll do ano de 1962. Checker gravou também uma versão da canção em Alemão, chamada de “Der Twist Beginnt”.

Chegou também ao número 11 dos charts australianos, numero 3 dos charts holandeses, numero 2 dos charts noruegueses e numero 10 dos charts suecos.

A letra:

Come on everybody clap your hands
Now you're looking good
I'm gonna sing my song and you won't take long
We gotta do the twist and it goes like this

Come on let's twist again like we did last summer
Yea, let's twist again like we did last year
Do you remember when things were really hummin'
Yea, let's twist again, twistin' time is here

Yeah round 'n around 'n up 'n down we go again
Oh baby make me know you love me so then
Come on let's twist again like we did last summer
Yea, let's twist again, twistin' time is here

Come on let's twist again like we did last summer
Yea, let's twist again like we did last year
Do you remember when things were really hummin'
Yea, let's twist again, twistin' time is here

Yeah round 'n around 'n up 'n down we go again
Oh baby make me know you love me so then
Come on let's twist again like we did last summer
Yea, let's twist again, twistin' time is here

Chubby Checker, 1961, let's twist again:


Chubby Checker e Let's twist again em 1992:


Chubby Checker e Let's twist again em 2011:


terça-feira, 21 de agosto de 2012

149 – Chuck Berry – Let it rock (1960)

Canção escrita por Chuck Berry e lancada no seu album Rockin’ at the Hops, de 1960. Foi lancada também como compacto simples, chegando ao número 64 dos charts pop americanos e numero 6 nos charts ingleses. 

A canção trata de um sujeito que trabalha na empresa de trem que vai pegar os trabalhadores. Já foi regravada pelos Rolling Stones, pelo Motorhead, Jerry Garcia, os Yardbyrds, Bob Seger e pelos Stray Cats.

Os Stones gostam muito dessa música. Foi gravada por eles ao vivo no Leeds, em 1971, e foi lançada como Lado B do compacto que teve Brown Sugar como Lado A, em 1971, na Inglaterra apenas e foi incluída na versão em espanhol de Sticky Fingers.

Em 1972, os Stones lançaram Let it rock como um compacto simples na Alemanha, co Blow with Ry, do álbum Jamming with Edward, de 1972. Let it rock também abre o vídeo do concerto The Rollling Stones: Some girls live in Texas ’78, lançado em 2011.

A letra:

In The Heat Of The Day Down In Mobile Alabama
Working on the railroad with the steel driving hammer
Gotta make some money to buy some brand new shoes
Tryin' to find somebody to take away these blues
"She don't love me" hear them singing in the sun
Payday's coming and my work is all done

Later in the evening when the sun is sinking low
All day I been waiting for the whistle to blow
Sitting in a teepee built right on the tracks
Rolling them bones until the foreman comes back
Pick up you belongings boys and scatter about
We've got an off-schedule train comin' two miles about

Everybody's scrambling, running around
Picking up their money, tearing the teepee down
Foreman wants to panic, â'bout to go insane
Trying to get the workers out the way of the train
Engineer blows the whistle loud and long
Can't stop the train, gotta let it roll on

Chuck Berry com Let it rock original, somente áudio:



Chuck Berry ao vivo com Let it rock em 1972:



Chuck Berry ao vivo com Let it rock em 1980:


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

148 – Johnny Kidd and The Pirates – Shaking all over (1960)

Canção escrita por Johnny Kidd, do Johnny Kidd and The Pirates, foi originalmente gravada por eles em 13 de maio de 1960, nos estúdios Abbey Road, antes mesmo dos Beatles tornarem o estúdio famoso. Foi lancada ainda em 1960 e chegou ao número 1 dos charts ingleses em agosto de 1960. 
 
Johhny Kidd fez os vocais, Alan Caddy tocou guitarra rítmica, Brian Gregg tocou baixo, Clem Cattini tocou bateria e Joe Moretti tocou a guitarra solo. A musica foi lançada pela HMV e teve Yes sir, that’s my baby no Lado B do compacto simples.

Johhny Kidd disse que quando eles viam uma garota muito atraente naquela época, eles diziam que ela dava “quivers down the membranes”. Era muito comum se dizer isso e foi justamente isso que foi a inspiração de “Shaking all over”.

A canção não foi um hit fora da Europa e só ganhou fama na América do Norte quando a banda canadense The Guess Who gravou-a em 1965, chegando ao numero 1 no Canada e numero 22 nos charts pop americanos.

Alias, a banda The Guess Who ganhou esse nome depois dessa gravação. Até então, o nome da banda era Chad Alan and The Expressions. Então quando lançaram Shaking all over, a Quality Records, um selo canadense, lançou a capa com ao dizeres “Guess who?”, numa tentativa de dizer que o disco podia vir de outro grupo da chamada então British Invasion, talvez até mesmo os Beatles. Depois dessa capa, o grupo mudou o nome pra The Guess Who e ficou com ele até hoje. A versão do Guess Who chegou ao numero 27 na Austrália.

The Who tocou Shaking all over no festival de Woodstock, em 1969. Van Morrison gravou uma versão ao vivo num medley com sua Gloria e lançou-a no álbum A Night in San Francisco, de 1994.

Também fizeram uma versão da canção Led Zeppelin, Suzi Quatro, Iggy Pop, Bachman-Turner Overdrive e Wanda Jackson num dueto com Jack White, em 2011. 

Shaking all over é o nome de um documentário da televisão CBC sobre o rock music no Canadá nos anos 1950s e 1960s.

A letra:

When you move in right up close to me, that's when I get the shakes all over me

Quivers down the backbone
I got the shakes down the knee bone
Yeah, the tremors in the thigh bone
Shakin' all over

Just the way that you say goodnight to me brings that feelin' on inside of me
Quivers down the backbone
I got the chills down the thigh bone
Yeah, the tremors in the back bone
Shakin' all over

Quivers down the backbone
Yeah, the shakes in the knee bone
I got the tremors in the thigh bone
Shakin' all over

Well, you make me shake and I like it, baby
You make me shake and I like it, baby
Well, shake, shake
Well, shake, shake

Johnny Kidd and The Pirates com Shaking all over, versão original de 1960, somente áudio:



The Guess Who ao vivo em Toronto, em 1983:



Wanda Jackson no David Letterman Show em 2011, com Jack White na guitarra:


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

147 – Maurice Williams and The Zodiacs – Stay (1960)

Escrita por Maurice Williams, foi lançada em 1960 pela Herald Records em um compacto simples que teve “Do you believe” como Lado B. Maurice Williams escreveu a canção em 1953, quando ele tinha apenas 15 anos e estava pedindo pra sua namorada não ir embora tao cedo.

Chegou ao número 1 dos charts pop americanos em 21 de novembro de 1960. Stay é a canção mais curta a chegar ao número dos charts pop americanos, com apenas 1 minuto e 37 segundos. Em 1990, ela atingiu a incrível cifra de 8 milhões de cópias vendidas.

The Hollies fizeram uma regravação em 1963 que chegou ao número 8 dos charts ingleses. The Four Seasons gravaram a canção em 1964, chegando ao número 16 dos charts pop americanos. Jackson Browne também gravou-a em 1977, no seu álbum Running on empty.

Bruce Springsteen também gravou a sua versão em 1979 no álbum No Nukes. Cindy Lauper gravou Stay em 2003 no álbum At Last.

A letra:

Stay, ahhh
Just a little bit longer
Please, please, please, please, please
Tell me that you're going to
Now your daddy don't mind
And your Mommy don't mind
If we have another dance, ya
Just one more time
Oh, won't you stay
Just a little bit longer
Please let me hear you say
That you will
Won't you place your
Sweet lips to mine
Won't you say you love me
All the time
Oh ya, just a little bit longer
Please, please, please, please, please
Tell me your going to
Come on, come on, come on, stay
Come on, come on, come on, stay, oh la de da
Come on, come on, come on, stay, my, my, my, my
Come on, come on, come on , stay

Maurice Williams ao vivo em 2006:



Frank Valli and The Four Seasons, somente áudio:



Cindy Lauper, ao vivo:


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

146 – Elvis Presley – A mess of blues (1960)

Escrita por Doc Pomus e Mort Shuman, A mess of blues foi gravada por Elvis Presley em março de 1960 e lançada em 5 de julho do mesmo ano, pela RCA Victor. Era o Lado B do compacto que teve “It’s now or never” como lado A.

A versão de Elvis chegou ao número 32 dos charts pop americanos e numero 2 dos charts ingleses.
   
Em 1983, a banda Status Quo fez uma regravação no álbum Back to back. A versão do Status Quo chegou ao número 15 dos charts ingleses e numero 12 dos charts irlandeses.

A letra:

I just got your letter baby
Too bad you can't come home
I swear I'm goin' crazy
Sittin' here all alone
Since you're gone
I got a mess of blues

I ain't slept a wink since Sunday
I can't eat a thing all day
Every day is just blue Monday
Since you've been away
Since you're gone
I got a mess of blues

Whoops there goes a teardrop
Rollin' down my face
If you cry when you're in love
It sure ain't no disgrace

I gotta get myself together
Before I lose my mind
I'm gonna catch the next train goin'
And leave my blues behind
Since you're gone
I got a mess of blues

Whoops there goes a teardrop
Rollin' down my face
If you cry when you're in love
It sure ain't no disgrace

I gotta get myself together
Before I lose my mind
I'm gonna catch the next train goin'
And leave my blues behind
Since you're gone
I got a mess of blues

Since you're gone I got a mess of blues
Since you're gone I got a mess of blues

A versão original de Elvis, de 1960, somente áudio:



A versão do Status Quo, de 1983:



Agora a versão do Led Zeppelin, somente áudio:

segunda-feira, 30 de julho de 2012

145 – Howlin’ Wolf – Spoonful (1960)


Esse clássico do blues foi escrita por Willie Dixon, foi lançada em 1960 por Howlin’ Wolf, num compacto que tinha Howlin’ for my darling como Lado B. A gravadora era a Chess Records, de Chicago, a mesma de Chuck Berry. Foi produzida pelos irmãos Chess e pelo próprio Willie Dixon. Consta somente de um acorde a canção toda.
 
A super banda Cream gravou uma versão de Spoonful ao vivo em 1968, em um show em San Francisco, Califórnia, assim como uma versão em estúdio em 1966, em Londres. A versão em estúdio saiu no álbum deles de estreia, o Fresh Cream. A versão ao vivo, que foi inclusa no álbum Wheels of Fire, tem quase 17 minutos, versão essa influenciada pelo rock californiano dos anos 1960s e seus solos duradouros.  

Também foi gravada por Etta James, Canned Heat, pelo próprio Willie Dixon e o Grateful Dead incluiu essa música no repertorio deles de 1981 ate 1994.

O Rock and Roll Hall of Fame listou Spoonful na versa de Howlin’ Wolf como sendo uma das 500 canções que deram forma ao rock and roll. Ela também está no número 219 do ranking da revista Rolling Stone das 500 maiores canções de todos os tempos. Em 2010, entrou no Blues Foundation Hall of Fame, na categoria “clássicos do blues”.

A letra:

It could be a
spoonful
of diamonds
Could be a spoonful of gold
Just a little spoon of your precious love
Satisfies my soul
Men lies about little
Some of them cries about little
Some of them dies about little
Everything fight about little spoonful
That spoon, that spoon, that spoonful
It could be a spoonful of coffee
Could be a spoonful of tea
But a little spoon of your precious love
Good enough for me
Men lies about that
Some of them dies about that
Some of them cries about that
But everything fight about that spoonful
That spoon, that spoon, that spoonful
It could be a spoonful of water
Saved from the deserts sand
But one spoon of them fortifies
Save you from another man
Men lies about that
Some of them cries about that
Some of them dies about that
Everybody fightin' about that spoonful
That spoon, that spoon, that spoonful

Howlin' Wolf com Spoonful original, de 1960, somente áudio:



Agora a versão do Cream, a super banda formada por Eric Clapton, Ginger Baker e Jack Bruce. Somente áudio: 


A versão do próprio autor, Willie Dixon, tambem somente áudio:

2047 – ABBA – The winner takes it all (1980)

Escrita por Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, foi gravada em 1980 e lançada em 21 de julho de 1980, no compacto que tinha Elaine como La...