sábado, 30 de janeiro de 2010

15 – Ray Charles – I got a woman (1955)

A Chess Records foi formada por dois poloneses imigrantes, Phil e Leonard Chess, para promover o trabalho de Muddy Waters, cuja musica eles entenderam que poderiam vender para o public que vinha pra boite que eles tinham. Usando Sam Philips como caça-talento, Sam que seria o dono da Sun Records, eles encontraram Howlin’ Wolf, que ao lado de Little Walter, Bod Diddley e Chuck Berry, influenciariam uma nova onda de bandas de rock nos anos 1960 como The Animals, Fleetwood Mac e os Rolling Stones.

Enquanto que os anos 1930 foram anos de depressão económica, a geracao do pós guerra de brancos não estavam disposto a seguirem a cultura dos seus pais e o filme The Wild One de 1953, e o Rebel Without a Cause, de James Dean, de 1955, deram a esses indivíduos um modelo a seguir, ao mesmo tempo que Rock Around the Clock foi inclusa no filme The Blackboard Jungle de 1955.

Racionamentos, austeridade e tudo restrito não eram o que essa geracao estava costumada, eles viviam no mundo livre, mas sempre com o medo de uma deflagracao de uma guerra nuclear, então porque não viver cada dia como se fosse o ultimo?

Um artista genial nos presenteou com seu talento e essa sua musica aqui listada como numero 15, é um clássico. I got a woman foi escrita por Ray Charles e Renald Richard. Foi gravada em em Atlanta, Georgia e lançada em Janeiro de 1955, pelo selo Atlantic. Renald Richard era trompetista de Charles. Essa musica foi um dos protótipos pro que viria a ser chamada de soul music, anos mais tarde. A cancao é a numero 235 da lista das 500 melhores cancoes de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Os Beatles fizeram uma versão dessa musica ao vivo na BBC, Elvis também gravou a sua versão, Roy Orbison, The Monkees, Stevie Wonder, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis, Bill Haley and His Comets, Tom Petty, e Bryan Adams, também regravaram-na.

A letra:

Well
I got a woman way over town that's good to me oh yeah
Say I got a woman way over town good to me oh yeah
She give me money when Im in need
Yeah she's a kind of friend indeed
I got a woman way over town that's good to me oh yeah

She saves her lovin early in the morning just for me oh yeah
She saves her lovin early in the morning just for me oh yeah
She saves her lovin just for me oh she love me so tenderly
I got a woman way over town that's good to me oh yeah

Sax Solo

She's there to love me both day and night
Never grumbles or fusses always treats me right
Never runnin in the streets and leavin me alone
She knows a womans place is right there now in her home

I got a woman way over town that's good to me oh yeah
Say I got a woman way over town that's good to me oh yeah
Oh she's my baby now don't you understand
Yeah and I'm her lover man
I got a woman way over town that's good to me oh yeah

A Don't ya know she's alright
A Don't ya know she's alright
she's alright she's alright
Whoa yeah oh yeah oh

Ray Charles tocando-a ao vivo em 1999:



Elvis, em 1970:



Agora Steve Wonder em homenagem a Ray Charles, quando este morreu:



sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

14 - The Platters - The great pretender (1955)

A música country estava bem estabelecida no rádio nos anos 1930. O Grand Ole Opry era transmitido para o resto do país a partir do seu coração, a cidade de Nashville, no Tennessee. Os Delmore Brothers foram os progenitores dos Everly Brothers, cantando também gospel e música folk. No final de 1947, os Delmore já estavam usando guitarra e bateria.

Os instrumentos eletricos nas mãos de pioneiros como Ernest Tubb ajudaram a música country a ser ouvida nos bares barulhentos onde era tocada ao vivo. Hank Williams era outro superstar daquela época. Ele teve muito sucesso e influencia em apenas poucos anos de vida. Ele morreu com 29 anos no dia de ano novo de 1953.

Neil Young comprou um violão que foi de Hank e até hoje toca com ele. Num show que fez em Nashville e foi gravado em DVD, em 2005, Neil conta a história da compra da guitarra e que está feliz por ter trazido ela de volta pra Nashville.

Naquela época, a mistura era enorme e mesmo os brancos querendo ter o status de maiores, sucessos como os dois hits que os Platters tiveram foi um choque. Only You e agora essa The great pretender, que é uma canção popular gravada pelos The Platters e lançada como compacto simples em 3 de Novembro de 1955. Buck Ram compôs a música. Ele era produtor e empresário dos Platters. A música alcançou o número em 1956 e foi eleita pela Rolling Stones como sendo o número 351 das melhores canções de todos os tempos.

A música alcançou o topo de novo em 1987, quando Freddie Mercury regravou-a e a canção chegou ao número 4 na Inglaterra. O vídeo clip dessa canção se tornou um dos mais famosos da carreira de Mercury.

Também foi regravada por Dolly Parton em 1984. Roy Orbison e Sam Cooke também fizeram suas versões. Pat Boone e The Band também.

A letra:

Oh yes, I'm the great pretender

Pretending that I'm doing well
My need is such; I pretend too much
I'm lonely but no one can tell.

Oh yes, I'm the great pretender
A drift in a world of my own
I play the game; but to my real shame
You've let me to dream all alone.

Too real is this feeling of make believe
Too real when I feel what my heart can't conceal.

Oh yes I'm the great pretender
Just laughing and gay
like a clown
I seem to be what I'm not; you see
I'm wearing my heart like a crown
Pretending that you're still around.

Too real is this feeling of make believe
Too real when I feel what my heart can't conceal

Yes I'm the great pretender
Just laughing and gay like a clown
I seem to be what I'm not you see
I'm wearing my heart like a crown
Pretending that you're still around

Segue os originais The Platters, na decada de 1950:



Freddie Mercury, em 1987.



Agora uma versao do grande Sam Cooke, nos anos 1950. Somente o áudio:



domingo, 17 de janeiro de 2010

13 - Little Richards - Tutti-Frutti (1955)

O fenomeno do blues foi imensamente ignorado pelos grandes selos, então alguns selos independentes apareceu pra preencher esse espaço em branco. Entre eles estavam o King, Chess, Aladdin, Specialty e o Modern. Chess foi o selo que deu a oportunidade de Jackie Breston de gravar a música “Rocket 88”, em 1951, que alguns puristas classificam como sendo a primeira gravação de rock and roll. De minha parte, eu acho que a primeira gravação de rock and roll só surgiu em 1954. A duvida fica somente entre Shake, rattle and roll, That’s all right ou Rock around the clock.

Mas o crucial rompimento para o Mercado branco foi feito por grupos vocais como o The Dominoes and The Orioles, que criaram os hits Sixty Minute Man, de 1951 e Crying in the chapel, de 1953. Curiosamente, Bill Haley gravou alguns covers de alguns artistas negros como Ruth Brown, cuja música era considerado muito negra pra ingressar no mercado branco.

Louis Jordan era o James Brown da sua época. Uma figura impar da música negra que gostava de muitas inovações e uma delas foi a inclusão da guitarra elétrica em seu grupo na metade dos anos 1940. Sua influência foi ouvida na musica de Little Richard anos mais tarde e também em Screamin’ Jay Hawkins, enquanto Milt Gabler, que produzia Jordan, foi produzir Bill Haley, levando com ele o ritmo diferente de Jordan junto com ele. Jordan alcançou várias entradas nos charts da Billboard de Rhythm and Blues da época, que se chamava Billboard “race”, pra dizer que era raça, de negro.

Então essa terceira entrada traz justamente esse fã do estilo de Louis Jordan, o grande Little Richard com sua Tutti-Frutti, escrita por ele e que foi seu primeiro hit. Foi nessa música que foi criado o famoso grito de rock and roll: “A-wop-bop-a-loo-bop-a-lop-bam-boom!”. Esse grito era supostamente pra imitar um batido de uma introdução de bateria. Essa música se transformou em modelo pra muitas outras músicas de rock.

Como eu falei antes das gravadoras independentes, Little Richard gravou com a Specialty. Ele gravou com a banda de Fats Domino. A canção cantada por Richard pros produtores era muito gay e o produtor tratou de altera-la, o que considerou uma limpeza. Ele chamou Dorothy LaBostrie pra colocar nova letra. Antes era “Tutti Frutti, good booty / If it don’t fit, don’t force it / You can grease it, make it easy", que foi trocada por “Tutti Frutti, all rooty! Tutti Frutti, all rooty”. All Rooty era uma gíria negra pra “All Right”.

A canção foi gravada em 3 takes e levou apenas 15 minutos. Foi gravada em 15 de setembro de 1955 e entrou nos charts em novembro de 1955, alcançando o número 2 no começo de 1956. A canção é a número 43 da rolling stone magazine das 500 melhores canções de todos os tempos.

Outros artistas fazerem regravações de músicas de sucesso era normal durante os anos 1940 e 1950. Um hit poderia gerar varias versões diferentes. Dessa maneira, pra atrair o público branco, Pat Boone gravou a sua versão de Tutti-Frutti, que chegou ao número 12 dos charts, enquanto que a original de Little Richard chegou apenas ao número 17.

Pat Boone não queria gravar pois a canção não fazia sentido pra ele, mas foi persuadido pelos produtores. Little Richard não gostou muito e disse que Boone tomou sua música e disse que a versão de Boone ficou mais popular porque ele era branco.

Richards disse que quando eles viram que a música era um sucesso, colocaram logo um branco pra gravar também, porque assim o branco iria pros charts de rock e Richard pros de rhythm and blues, pois o dinheiro estava nos charts de rock. Alem do que, Richards estava se tornando um ídolo pros jovens brancos e as famílias não gostavam disso. Richards disse que os meninos então tinham o disco de Boone em cima da mesa e o dele na gaveta e que quando os pais não viam, era o de Richards que eles colocavam pra tocar.

Pra evitar esse tipo de problema, Chuck Berry era mais esperto. Ele usava uma dicção mais clara, pra ficar mais parecida com o inglês usado pelos brancos. Dessa forma, ele atraia ambos os públicos. Os negros pois ele era um deles, tocando a musica deles e os brancos por apresentar uma musica diferente, mas cantada com o inglês que eles estavam acostumados a escutar.

A letra:

A-Wop-bop-a-loo-lop a-lop-bam-boo
Tutti Frutti, all rooty

I got a girl, named Sue, She knows just what to do.
She bops to the east, She bops to the west
But she's the girl that I love best.

Tutti Frutti, all rooty
A-wop-bop-a-loo-lop a-lop bam boo

I got a girl, named Daisy, She almost drives me crazy
She knows how to love me, Yes indeed
Boy you don't know, What she's doing to me

Tutti Frutti, all rooty
A-wop-bop-a-loo-lop a-lop bam boo

Little Richard em 1956:



Elvis Presley tambem em 1956:



Agora o Queen em 1986:



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

12 - The Platters - Only you (1955)

Embora o rock tenha vindo dos quatro estilos que citei antes, as mais fortes influencias vieram mesmo do blues e do country. Os blues representando um fenomeno urbano, uma vez que a imigracao negra do interior dos estados do sul para as grandes cidades aumentou bastante.

Por sua vez, o country também crescia em popularidade até sair da sua esfera regional. Uma musica que era passada de geracao em geracao agora crescia com a ajuda do rádio. Criou celebridades nacionais com cantores com de cowboy como Gene Autry e Roy Rodgers. No fim dos anos 1940, o country já havia possuía lançamentos de discos acima da casa dos milhões de copias.

A divisão entre essas duas vertentes, blues e country, era simples: a cor do cidadão. Os brancos não escutavam o blues e as musicas dos negros e vice versa. Em suma: os brancos escutavam country e os negros escutavam blues. Por sua vez, as rádios eram as de branco e as de negros.

Começaram então as excecoes. Bill Haley ajudou a quebrar essa barreira e passou a tocar na rádio dos negros. A inspiracao de Haley era o bluesman Big Joe Turner, que havia se mudado de Kansas City pra New York em 1939 e ajudou a criar a paixão americana pelo boogie woogie.

Como já foi dito aqui na música 4 desta selecao, a sua “Shake, rattle and roll” se tornou um hino do rock nas mãos de Haley em 1954. Um padrão que iria se repetir com “Hound Dog”, de Big Mama Thorton, que Elvis faria sua versão rock em 1956.

O blues começou sua vida nas musicas cantadas pelos negros enquanto trabalhavam nas lavouras, sendo refinadas depois em blues rurais e depois exportadas pras grandes cidades industriais do norte e do oeste. A principal Meca desse blues foi Chicago. O esforço de guerra acelerou esse processo.

A música de mitos de hoje como Big Bill Broonzy, cantor e guitarrista, se tornou muito mais apreciada pelo país e sujeitos como John Lee Hoocker faria muito mais sucesso em Detroit do que na sua casa, no Mississipi. Com sua guitarra eletrica Gibson cor de cereja, ele era o arquétipo do bluesman urbano.

Das doze músicas aqui já apresentadas, você pode contar: Lloyd Price, Big Mama Thorton, Clyde McPhatter and The Drifters, Big Joe Turner, The Penguins, Muddy Waters, Chuck Berry e agora The Platters. Oito negros ou conjunto de formacao negra. As unicas exceções foram Elvis (3 vezes) e Bill Haley (1 vez). E sem falar que Elvis cantava como um negro e Bill Haley era bem próximo de Big Joe Turner.

Mas essa decima segunda não é country e nem blues. Trata-se de uma balada romântica, também de um grupo negro, The Platters. Trata-se do grande hit “Only You”, composta por Buck Ram e Ande Rand e gravada maravilhosamente bem pelos The Platters. Primeiro, os Platters fizeram uma gravação e aparentemente ficou uma bosta, mas quando a regravaram e lançaram em Julho de 1955, a canção alcançou o topo dos charts.

Em 1974, Ringo Starr gravou a sua versão no seu disco Goodnight Vienna, e incluiu-a por sugestão de John Lennon e assim como no caso dos Platters, a canção alcançou o topo dos charts. John Lennon toca violão na gravação e gravou uma guia vocal que foi mantida pelo produtor. A versão vocal de Lennon aparece na sua caixa Anthology. Diana Ross gravou a musica em 2007 no seu álbum I Love You.

A letra:

Only you can make this world seem right
Only you can make the darkness bright
Only you and you alone
Can thrill me like you do
And fill my heart with love for only you

Only you can make this change in me
For it's true, you are my destiny
When you hold my hand
I understand the magic that you do
You're my dream come true
My one and only you

Only you can make this change in me
For it's true, you are my destiny
When you hold my hand
I understand the magic that you do
You're my dream come true
My one and only you

Segue The Platters nos anos 1950:



Agora Roy Orbison, somente o audio:



Ringo Starr, nos anos 1970:

domingo, 3 de janeiro de 2010

11 - Chuck Berry - Maybellene (1955)


Chegava a cena outro grande monstro sagrado do rock and roll. Chuck Berry gravava seu primeiro hit, Maybellene, em 21 de Maio de 1955 no Universal Recording Studios, em Chicago, Illinois. A gravadora era a Chess Records, dos irmãos Leonard e Phil, a mesma que lançou Hoochie coochie man. No lado B desse compacto simples tinha Wee wee hours. Chuck Berry fez uma adaptação em cima da canção country Ida Red, mudando o nome pra Ida May. Conta a história de uma corrida de carros e um romance acabado. Ida Red tinha sido gravada por Bob Wills and The Texas Playboys, em 1938. Chuck Berry foi levado à Chess por Muddy Waters, e os irmãos Chess gostaram da idéia de lançar uma música country tocada por um negro. A revista Rolling Stone disse que a guitarra de rock and roll começou com Maybellene. Na verdade, a canção é um pacote completo de rock and roll: um tema juvenil, guitarras, dicção clara e uma atmosfera de excitação. A canção foi um tremendo sucesso tanto pra o público branco quando para o público negro e foi logo regravada por inúmeros artistas. Os irmãos Chess adicionaram baixo e maracas na canção e acharam o nome Ida May muito caipira e vendo uma caixa de maquiagem com a marca famosa, decidiu chamar a música de Maybellene, alterando a escrita pra evitar um processo da companhia de cosméticos. A música foi um sucesso, pois os jovens eram e são fascinados por carros, velocidade e sexo. Maybellene foi um dos primeiros hits a entrar nos charts de Rhythm and Blues, Country and Western e os Charts Pop ao mesmo tempo. Os inimitáveis riffs de Chuck Berry, o blues-style picking na guitarra country e o piano de Johnson deram um toque de génio a música, que foi fundamental no surgimento do rock and roll. Essa fusão de batida rhythm and blues com estilo de country rural foi o catalisador para o tipo de rock que surgiu no meio da década de 1950. Por causa de jábá (payola), o disco jóquei Alan Freed recebeu metade dos direitos autorais de Maybellene, para que pudesse tocá-la no rádio e divulgar a canção. Russ Fratto, que emprestava dinheiro a Chess Records, também recebeu parte dos créditos. Os nomes dos dois foram retirados da autoria posteriormente. A canção chegou ao número 5 dos charts Pop e numero 1 dos charts de rhythm and blues. A Billboard colocou Maybellene como a música numero 3 do ano de 1955 de vendas de rhythm and blues e dos charts de Juke box plays. Em 1988, Maybellene recebeu um Grammy por sua influência no rock and roll. O Rock and Roll Hall of Fame colocou Maybellene na lista das 500 canções que deram shape ao rock and roll. Em 1999, A National Public Radio colocou Maybellene como uma das 100 músicas americanas mais importantes do século 20. Acclaimed Music coloca Maybellene como a número 81 das melhores música de todos os tempos e coloca também como a segunda melhor de 1955. A canção teve mais de 70 regravações, incluindo Elvis Presley, Simon and Garfunkel, Carl Perkins, Gerry and The Pacemakers, Johnny Rivers e Chubby Checker. Inclusive a versão de Rivers de 1964 chegou ao número 12 nos charts americanos.

A letra:


Maybellene, why can't you be true?  Oh Maybellene, why can't you be true?
You gonna start undoing the things you used to do.

As I was motivatin' over the hill
I saw Maybellene in a coup de ville.
A cadillac a-rollin' on the open road,
Nothin' will outrun my v8 ford.
The cadillac doin' 'bout ninety-five,
She's bumper to bumper rollin' side by side.

Maybellene, why can't you be true? Oh Maybellene, why can't you be true?
You gonna start back doing the things you used to do.

The cadillac pulled up ahead of the Ford,
The ford got hot and wouldn't do no more.
It then got cloudy and it started to rain,
I tooted my horn for a passin' lead
The rain water blowin' all under my hood,
I knew that was doin' my motor good.

Maybellene, why can't you be true? Oh Maybellene, why can't you be true?
You gonna start back doing the things you used to do.


Oh Maybellene, why can't you be true? Oh Maybellene, why can't you be true?
You gonna start back doing the things you used to do.

The motor cooled down, the heat went down
And that's when I heard that highway sound.
The cadillac a-sittin' like a ton of lead
A hundred and ten a half a mile ahead.
The cadillac lookin' like it's sittin' still
And I caught Maybellene at the top of the hill.

Maybellene, why can't you be true? Oh Maybellene, why can't you be true?
You gonna start back doing the things you used to do.

Chuck Berry, cantando Maybellene e fazendo a dança do pato:



Chuck Berry cantando com Gerry and the Pacemakers:



Agora Chuck já em 1973, na TV à cores, 18 anos depois do release de Maybellene:



2047 – ABBA – The winner takes it all (1980)

Escrita por Benny Andersson e Bjorn Ulvaeus, foi gravada em 1980 e lançada em 21 de julho de 1980, no compacto que tinha Elaine como La...