segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

255 – The Chiffons – He’s so fine (1963)



Escrita por Ronald Mack e foi gravada pelas Chiffons em dezembro de 1962 e lançada em janeiro de 1963 num compacto que tinha Oh my lover como Lado B. Chegou ao número 1 dos charts pop americanos e ficou lá nessa posição por quatro semanas durante a primavera de 1963. 

Ronald Mack, o compositor da música, viu as Chiffons cantando numa lanchonete de uma escola de High School e se tornou o manager delas. Mack então falou com a Bright Tunes Corporation, que era uma companhia de produção cujos donos eram os Tokens, que viriam a produzir as Chiffons na música He’s so fine. Os Tokens também tocaram na gravação. 

Inicialmente eles não queriam lançar a música, mas com o hoje clássico doo-land doo-lang doo lang, que foi sugestão do engenheiro de som Johnny Cue, a canção começou a parecer um hit, mas dez gravadoras rejeitaram a canção antes da Laurie Records aceitarem lançá-la. 

He’s so fine entrou nos charts nacionais em fevereiro de 1963, chegando ao número 1 em 30 de março e ficando nessa posicao por quatro semanas. Chegou também ao número 1 dos charts de Soul e número 16 no Reino Unido. 

Jody Miller gravou-a em 1971, chegando ao número 5 dos charts country. Dione Bronfield gravou-a em 2009. 

Em 10 de fevereiro de 1971, Bright Tunes Corporsation processou George Harrison por plágio, com o seu hit do momento My sweet lord. O caso só foi pra julgamento em fevereiro de 1976, e o juiz determinou que George Harrison era culpado de plágio subconsciente. O julgamento pra determinar o prejuízo só ocorreu em fevereiro de 1981. Nesse período, o manager de Harrison, Allen Klein, era o dono da Bright Tunes Corporation. George então comprou a empresa dele e embora o litígio continuou por mais dez anos, foi no fim suspenso. 

Em 1975, os Chiffon gravaram uma versão de My Sweet Lord, tentando capitalizar na publicidade gerada pelo processo. George Harrison escreveu This song, falando do processo de plágio. 

A letra:
(Do-lang, do-lang, do-lang)
(Do-lang, do-lang)

He's so fine
(Do-lang-do-lang-do-lang)
Wish he were mine
(Do-lang-do-lang-do-lang)
That handsome boy overthere
(Do-lang-do-lang-do-lang)
The one with the wavy hair
(Do-lang-do-lang-do-lang)
I don't know how I'm gonna do it
(Do-lang-do-lang-do-lang)
But I'm gonna make him mine
(Do-lang-do-lang-do-lang)
He's the envy of all the girls
(Do-lang-do-lang-do-lang)
It's just a matter of time
(Do-lang-do-lang)

He's a soft [Spoken] guy
(Do-lang-do-lang-do-lang)
Also seems kinda shy
(Do-lang-do-lang-do-lang)
Makes me wonder if I
(Do-lang-do-lang-do-lang)
Should even give him a try
(Do-lang-do-lang-do-lang)
But then I know he can't shy
(Do-lang-do-lang-do-lang)
He can't shy away forever
(Do-lang-do-lang-do-lang)
And I'm gonna make him mine
(Do-lang-do-lang-do-lang)
If it takes me forever
(Do-lang-do-lang)

He's so fine
(Oh yeah)
Gotta be mine
(Oh yeah)
Sooner or later
(Oh yeah)
I hope it's not later
(Oh yeah)
We gotta get together
(Oh yeah)
The sooner the better
(Oh yeah)
I just can't wait, I just can't wait
To be held in his arms

If I were a queen
(Do-lang-do-lang-do-lang)
And he asked me to leave my throne
(Do-lang-do-lang-do-lang)
I'll do anything that he asked
(Do-lang-do-lang-do-lang)
Anything to make him my own
(Do-lang-do-lang-do-lang)
For he's so fine
(So fine) so fine
(So fine) he's so fine
(So fine) so fine
(So fine) he's so fine

(So fine) oh yeah
(He's so fine) he's so fine
(So fine) uh-huh
(He's so fine)
He's so fine.


A versão original das Chiffons:



A versão de Jody Miller:



Dionne Bromfield:

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

0004 – Act naturally - Buck Owens and The Buckaroos (1963)



Escrita por Johnny Russell, foi gravada por Buck Owens and The Buckaroons em 12 de fevereiro de 1963, em Hollywood, California e lançada em um compacto em 11 de março de 1963. Russell era do Mississipi mas estava morando em Fresco, na California. Ele teria que gravar uma música em Los Angeles no começo de 1960, mas por causa desse compromisso, teve que desmarcar um encontro com sua namorada. Ela então perguntou porque Los Angeles e ele disse brincando que era porque iriam colocá-lo num filme e torná-lo uma estrela. Baseado nessa brincadeira, ele compôs a música. O personagem era um cara tão triste que para representar um homem triste no cinema, não precisava ensaiar e de tão bem feito poderia ganhar até um Oscar. Russell tentou com várias pessoas e ninguém queria gravar essa música. Uma conhecida sua, chamada Voni Morrison, conhecia Buck Owens e mostrou a canção pra ele, que não gostou de início, mas resolveu gravar, porque Don Rich, que era dos Buckaroos, insistiu que a música era boa. Já fazia quase três anos que a canção estava pronta. A amiga Voni ganhou parceria na autoria porque conseguiu que Owens gravasse-a. A canção ficou 4 semanas no número dos charts de country nos Estados Unidos. Em 2002, Shelly Fabian do site About.com colocou essa gravação como número 169 da sua lista das TOP 500 country music songs. Pra completar a felicidade, em 17 de junho de 1965, nada mais, nada menos do que os Beatles, no auge do sucesso, resolveram gravar uma versão dessa canção. Com Ringo Starr nos vocais, ela foi lançada em 6 de agosto de 1965, no disco Help!. Em 27 de março de 1989, Buck Owens e Ringo Starr gravaram uma versão em um dueto maravilhoso.


They're gonna put me in the movies
They're gonna make a big star out of me
We'll make a film about a man that's sad and lonely
And all I gotta do is act naturally


Well, I'll bet you I'm a-gonna be a big star
Might win an Oscar you can't never tell
The movie's gonna make me a big star,
'Cause I can play the part so well


Well, I hope you come and see me in the movie
Then I'll know that you will plainly see
The biggest fool that's ever hit the big time
And all I gotta do is act naturally


We'll make a scene about a man that's sad and lonely
And begging down upon his bended knee
I'll play the part but I won't need rehearsing
All I'll have to do is act naturally


Well, I'll bet you I'm a-gonna be a big star
Might win an Oscar you can't never tell
The movie's gonna make me a big star,
'Cause I can play the part so well


Well, I hope you come and see me in the movie
Then I'll know that you will plainly see
The biggest fool that's ever hit the big time
And all I gotta do is act naturally

 

Buck Owens and The Buckaroos original de 1963:




Agora a versão original dos Beatles:



Ringo Starr ao vivo, muitos anos depois:



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

253 – The Beatles – I’ll get you (1963)



Escrita por John Lennon e Paul McCartney, foi o Lado B do compacto simples que tinha She loves you como Lado A. Foi lançada em 23 de agosto de 1963 no Reino Unido e em 16 de setembro de 1963 nos Estados Unidos. Foi gravada em primeiro de julho de 1963 nos estudios da EMI em Londres, e teve George Martin como produtor.  

Tipicamente o estilo vocal dos Beatles no período, John e Paul cantam em uníssono na maioria da música, ficando apenas alguns momentos onde eles fazem harmonia. Mas raramente, não existe um solo de guitarra. A guitarra solo é virtualmente reduzida à segunda guitarra rítmica. O instrumento mais proeminente da música é o baixo de Paul e a gaita de John. Gaita essa que foi feita um overdub nas pressas pois o tempo de gravação havia acabado. 

Paul disse que compuseram essa canção na casa da tia de John onde ele morava, na Menlove Avenue. Isso foi raro, pois a tia Mimi não aprovava os Beatles e não deixavam eles à vontade por lá. 

A frase que começa a canção, “Imagine I’m in love with you” foi inovativa, puxando o ouvinte imediatamente pra história. Paul citou isso como um exemplo do inicio da influência de Lewis Carroll nas letras de John, um artificio que ele iria usar novamente em Lucy in the Sky with Diamonds, Strawberry Fields Forever e Imagine. 

Paul disse que o acorde usado na mudança na hora  da frase  “It’s not like to pretend”, que sai de um Ré maior pra Lá menor, foi tirado da música All my trials, gravada por Joan Baez. Paul disse que gostou também do jeito meio gay que eles cantam, tirando onda de apaixonado. 

Primeiramente foi lançada como o Lado B de She loves you, em 28 de agosto de 1963 no Reino Unido e 16 de setembro de 1963 nos Estados Unidos, como dito anteriormente. Foi relançado nos Estados Unidos em 21 de maio de 1964 como o Lado B de Sie Liebt Dich, uma versão em alemão de She Loves you.  

Uma versão ao vivo dela foi gravada no London Palladium em 13 de outubro de 1963 e inclusa no Anthology 1. Uma outra versão foi gravada nos estúdios da BBC em Paris em 16 de julho de 1963, pro programa Pop Go The Beatles, edição número 9, mas nunca foi lançada oficialmente. 

Não existe os tapes masters de I’ll get you. O procedimento comum nos estúdios Abbey Road naquele tempo era apagar as sessões originais de two track para os compactos, uma vez que eles tinham sido mixados. Este foi o destino de dois compactos dos Beatles, totalizando quatro canções: Love me do, P.S. I love you, She loves you and I’ll get you. 

Tem um negócio no meio da música que ninguém sabe se foi proposital ou se deixaram sem querer no tape final. Na ponte da canção, depois da frase “Well, there’s gonna be a time…”, Paul canta “When I’m gonna change your mind” e ao mesmo tempo John canta “When I’m gonna make your mine”, resultando numa mistura das duas frases. 

John cantou, tocou violão semi acústico e gaita. Paul cantou e tocou baixo elétrico. George Harrison tocou guitarra e fez os backing vocals. E Ringo tocou a bateria. 

A letra:

Woh yeah, oh yeah.
Imagine, I'm in love with you,
It's easy because I know,
I've imagined, I'm in love with you,
Many, many, many times before.

It's not like me to pretend,
But I'll get you in the end,
Yes I will, I'll get you in the end, oh yeah, oh yeah.

I think about you night and day,
I need you and it's true.
When I think about you, I can say,
I'm never, never, never, never blue.

So I'm telling you, my friend,
That I'll get you, I'll get you in the end,
Yes I will, I'll get you in the end, oh yeah, oh yeh.

Well, there's gonna be a time,
When I'm gonna change your mind.
So you might as well resign yourself to me, oh yeah.

Imagine, I'm in love with you,
It's easy  because I know,
I've imagined, I'm in love with you,
Many, many, many times before.

It's not like me to pretend,
But I'll get you, I'll get you in the end,
Yes I will, I'll get you in the end,
Oh yeah, oh yeah.


A versão original dos Beatles remasterizada:



I'll get you ao vivo, lançado no Anthology 1, em 1995:



Paul McCartney ao vivo em 2006 com I'll get you:

domingo, 1 de dezembro de 2013

252 – Elvis Presley – (You’re the) Devil in disguise (1963)



Escrita por Bill Giant, Bernie Baum e Florence Kaye, foi gravada por Elvis Presley em 26 de maio de 1963, nos estudios da RCA em Nashville. Foi o Lado A de um compacto simples que tinha Please don’t drag that string around como Lado B. 

Chegou ao número 1 no Reino Unido e número 3 nos charts americanos e número 9 nos charts de R&B, se tornando a última das músicas de Elvis a entrar no TOP 10 dos charts de R&B. Recebeu disco de ouro por ter vendido mais de 500 mil cópias nos Estados Unidos. A Canção também entrou nos charts japoneses no outono de 1963.

Em 1963, quando a música apareceu pela primeira vez pra o público britânico no show de televisão da BBC chamado Juke Box Jury, John Lennon, que era uma celebridade convidada pra ser jurado, disse que a música foi um erro, e que essa canção fazia Elvis parecer com Bing Crosby. 

Elvis canta num registro mais baixo para representar o diabo falando com a frase “Oh yes, you are.” A gravação original de Elvis toca durante a última cena do filme She-Devil, quando o personagem de Rosanne Barr anda numa calçada de Manhattan num oceano de garotas trabalhadoras. 

Trisha Yearwood gravou uma versão pra trilha sonora do filme Honeymoon in Vegas. Foi usada também em 2010 no comercial de TV do Nissa Altima. Em 1993 foi usada no comercial de TV do Volvo 850. 

A letra:

You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel
But I got wise
You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

You fooled me with your kisses
You cheated and you schemed
Heaven knows how you lied to me
You're not the way you seemed

You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel
But I got wise

You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

I thought that I was in heaven
But I was sure surprised
Heaven help me, I didn't see
The devil in your eyes

You look like an angel
Walk like an angel
Talk like an angel

But I got wise
You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise

You're the devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise
Oh yes you are
The devil in disguise


A versão original de Elvis Presley:



Chris Isaak e LeAnn Rimes:



Agora a versão de Trisha Yearwood:


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

251 – Gerry and The Pacemakers – How do you do it? (1963)



Escrita por Mitch Murray, foi gravada por Gerry and The Pacemakers em 22 de janeiro de 1963, nos estudios da EMI, em Londres, o famoso Abbey Road, tendo o famoso George Martin como produtor. Foi lançada em 14 de março de 1963 no Reino Unido e em 5 de julho de 1964 nos Estados Unidos, em um compacto simples que tinha Away from you no Lado B.  

Foi na verdade o compacto simples de estreia dessa banda de Liverpool. A canção chegou ao número 1 dos charts ingleses em 11 de abril de 1963, ficando nessa posição por três semanas. Só foi substituída no top spot com From me to you, dos Beatles. 

Primeiro Mitch Murray ofereceu a música pra Adam Faith, mas ele não quis. Os Beatles chegaram gravar uma versão, mas não lançaram até 1995, com a série Anthology.

A gravação de Gerry and The Pacemakers chegou ao número 9 dos charts pop americanos em 5 de julho de 1964. 

A letra:

How do you do what you do to me?
I wish I knew
If I knew how you do it to me
I'd do it to you

How do you do what you do to me?
I'm feeling blue
Wish I knew how you do it to me
But I haven't a clue

You give me a feeling in my heart
Like an arrow passin' through it
'spose that you think you're very smart
But won't you tell me how do you do it?

How do you do what you do to me?
If I only knew
Then perhaps you'd fall for me
Like I fell for you

You give me a feeling in my heart
Like an arrow passin' through it
'spose that you think you're very smart
But won't you tell me how do you do it?

How do you do what you do to me?
If I only knew
Then perhaps you'd fall for me
Like I fell for you
When I do it to you


Gerry and The Pacemakers ao vivo com How do you do it:



A gravação dos Beatles:



Gerry and The Pacemakers, muitos anos depois:

1944 – Pink Floyd – Another brick in the wall (Part 3) (1979)

  Escrita por Roger Waters, foi gravada entre abril e novembro de 1979 no disco The Wall, o décimo primeiro da banda, em 30 de novembro de 1...