quinta-feira, 4 de julho de 2013

216 – Bob Dylan – Man of constant sorrow (1962)

Trata-se de outra canção tradicional publicada originalmente em 1913. Foi gravada originalmente por Dick Burnett, mas a versão que escolhemos aqui foi a de Bob Dylan, de 1962. Dick Burnett era um tocador de violino parcialmente cego do Kentucky. Em 1928, foi gravada por Emry Arthur. Estava tambem na trilha sonora do filme de 2000 O Brother, where art thou?

Alguns historiadores dizem que o proprio Dick Burnett escreveu a canção, porém outros dizem que foi escrita pelo clã Mackin, em 1888, na Irlanda e que Cameron O’Mackin imigrou pro Tenenessee e trouxe a canção. Burnett, em entrevista perto de morrer, disse que não se lembrava se havia feito a canção ou não. Ele falou: “No, I think I got the ballad from somebody, I don’t know. It may be my song…”

Emry Arthur gravou-a em 1928, pelos Stanley Brothers em 1951 e em 1960 por Joan Baez, com o titulo de Girl of Constant Sorrow. Foi gravada por Dylan em 1962 e ele a tocou na sua primeira aparicao na TV, em 1963. Em 1962, Peter, Paul and Mary tambem a gravaram sob o titulo de Sorrow. Waylon Jennings gravou-a em 1966 e Rod Stewart em 1969. Em 2000, foi a vez de Jackson Browne gravar sua versao com a tocadora de sanfona irlandesa Sharon Shannon, entre outros inúmeros artistas que a gravaram.

A letra:

I am a man of constant sorrow
I've seen trouble all my days
I'll say goodbye to Colorado
Where I was born and partly raised.

Your mother says I'm a stranger
My face you'll never see no more
But there's one promise, darling:
I'll see you on God's golden shore.

Through this open world I'm about to trouble
Through ice and snows, sleet and rain
I'm about to ride that morning railroad
Perhaps I'll die on that train.

I'm going back to Colorado
The place that I started from
If I had known how bad you'd treat me honey
I never would have come.  


Bob Dylan, tocando Man of constant sorrow na sua primeira aparição na TV, em 1963:



A versão de Pater, Paul and Mary, de 1962:



A versão de Jackson Browne e Sharon Shannon, de 2000:

terça-feira, 2 de julho de 2013

215 – The Everly Brothers – Crying in the rain (1962)



Escrita por Carole King e Howard Greenfield. Foi a única música que eles compuseram juntos, pois Carole compunha nessa epoca com seu marido Gerry Goffin e Howard compunha com Neil Sedaka, mas nesse dia estavam de bobeira no estudio da Aldon Music, onde eram funcionários, e fizeram essa música.

Foi gravada inicialmente pelos Everly Brothers e lançada em 1962, pela Warner Bros., num compacto simples que tinha I’m not angry no Lado B. A gravação dos irmaos Everly chegou ao número 6 dos charts pop americanos em 1962, tambem número 6 nos charts ingleses e número 9 nos charts holandeses.   

Em 1989, o grupo noruegues A-há gravou uma versao da música e lançou-a em 7 de setembro de 1990, num compacto simples que tinha (Seemlingly) Non-stop July como Lado B. A gravação do A-ha chegou ao númro 26 dos charts americanos, número 13 nos charts ingleses e número 1 na Noruega.

Foi tambem regravada por Peter and Gordon. Art Garfunkel gravou-a em 1993, em dueto com James Taylor.

A letra:

I'll never let you see
The way my broken heart is hurting me
I've got my pride and I know how to hide
All my sorrow and pain
I'll do my crying in the rain

If I wait for cloudy skies
You won't know the rain from the tears in my eyes
You'll never know that I still love you so
Though the heartaches remain
I'll do my crying in the rain

Rain drops falling from heaven
Could never wash away my misery
But since we're not together
I look for stormy weather
To hide these tears I hope you'll never see

Some day when my crying's done
I'm gonna wear a smile and walk in the sun
I may be a fool but till then darling you'll
Never see me complain
I'll do my crying in the rain

I'll do my crying in the rain
I'll do my crying in the rain


The Everly Brothers com Crying in the rain, nos anos 1980s:



A versão de Carole King, somente áudio:



A versão A-ha, tirada do DVD:

segunda-feira, 24 de junho de 2013

214 – Arthur Alexander – Soldier of love (Lay down your arms) (1962)


Escrita Buzz Cason e Tony Moon, foi gravada inicialmente por Arthur Alexander em 1962 e saiu no Lado B de um compacto simples que tinha Where have you been no Lado A. Depois foi regravada pelos Beatles numa sessão de gravação na BBC, e que foi lançada no disco Live at The BBC.

Pearl Jam, cuja versao apareceu no lado B do compacto simples que tinha Last Kiss no Lado A, tambem regravou-a.

A letra:

Lay down your arms (Soldier of Love)
and surrender to me (Shala la)

Lay down your arms (Soldier of Love)
and love me peaceful ly (Shala la) Yeah. (Shala la)

Use your arms for loving me. Baby, that's the way it's gotta be. (ooh-)

There ain't no reason for you to declare
war on the one that loves you so.

So forget the other boys because my love is real.
Come off your battle field.

Lay down your arms (Soldier of Love)
and surrender to me (Shala la)

Lay down your arms (Soldier of Love)
and love me peaceful ly (Shala la) Yeah. (Shala la)

Use your arms to squeeze and pleasin' the one that loves you so.

The weapons you're using are hurtin' me bad.
But someday you're gonna see.

'Cause my love baby, is the truest you've ever had.
I'm a Soldier of Love, that's hard to be.

Lay down your arms (Soldier of Love)
and surrender to me (Shala la) Yeah.

Lay down your arms (Soldier of Love)
and love me peacefully (Shala la) Yeah. (Shala la)

Use your arms to hold me tight. Baby, I don't wanna fight no more (ooh-)
Use your arms to hold me tight. Baby, I don't wanna fight no more (ooh-)

(Yeah, Soldier of Love) Baby, lay down your arms.
Yeah! Yeah! Yeah!

(Yeah, Soldier of Love) Baby, lay down your arms.
Yeah! Yeah! Yeah!
(Yeah)  


A versão original de Arthur Alexander, de 1962:



A versão dos Beatles, de 1963:



Agora a versão do Pearl Jam:


quarta-feira, 19 de junho de 2013

213 – Richie Barrett – Some other guy (1962)


Escrita por Jerry Leiber, Mike Stoller e Ritchie Barrett, foi lançada por Ritchie Barrett, em compacto simples em 1962, pela Atlantic Records. Foi uma das primeiras músicas do rock/pop a terem um piano eletrico na gravação. Essa foi a gravacão que escolhemos pra nossa lista.

A canção passoua fazer parte do repertório ao vivo dos Beatles em 1962 e 1963. Eles entao a gravariam ao vivo em 19 de junho de 1963, pra BBC radio, no Playhouse Theatre, em Londres. Só foi lançada pro público em 1994, no album Live at BBC.

Essa música é a única que tem em vídeo dos Beatles tocando ao vivo no Cavern Club. No video, da pra ver John e Paul cantando a canção em unissino, no dia 22 de agosto de 1962. É tambem o primeiro video que Ringo tá na bateria, pois uma semana anterior Pete Best havia sido demitido. No fim do video, voce escuta alguem gritando “We want Pete”.

Na gravação que aparece no album Live at BBC, John canta e toca guitarra solo, Paul canta e toca baixo, George toca guitarra ritmica e Ringo bateria.

Pete Best iria lançar uma versão da canção em 1965 no seu album “Best of The Beatles”. Foi regravada tambem por Johnny Kidd and The Pirates, Led Zeppelin ao vivo, The Searchers, The Stray Cats, entre outros.

Foi regravada tambem pelos Hentchmen, que tinha Jack White na guitarra solo. John Lennon homenageia essa música tirando a introducao dela de dois acordes e colocando no começo de Instant Karma. 

A letra:

Oh
Some other guy, now
Is taking my love away from me, oh, now
Some other guy, now
Is taking away my sweet desire, oh, now
Some other guy, now
Just threw water, hold my hand, oh, now
I'm the lonely one, as lonely as I can feel, all right

Some other guy
Is sipping up the honey like a yellow dog, oh, now
Some other guy, now
Has taken my love just like I'm gone, oh, now
Some other guy, now
Has taken my love away from me, oh, now
I'm the lonely one, as lonely as I can feel, all right

Oh, oh
Oh, yeah

Some other guy
Is making me very, very mad, oh, now
Some other guy, now
Is breaking my padlock off my pad, oh, now
Some other guy, now
She was the first best girl I ever had, oh, now
I'm the lonely one, as lonely as I can feel, all right

Oh
I'm a-talking to you, right now
Hey
Yeah

A gravação original de Barrett, de 1962:



O único filme dos Beatles ao vivo no cavern, tocando justamente Some other guy:



A versão dos Big Three:

terça-feira, 18 de junho de 2013

212 – Roy Orbison – In dreams (1963)


Escrita pelo próprio Roy Orbison, foi lançada em fevereiro de 1963. É uma balada operática sobre um amor perdido. A canção tem uma estrutura única de sete movimentos musicais onde Orbison canta atrav;es de duas oitavas, muito alem do alcance da maioria dos cantores de rock and roll. Chegou ao número 7 dos charts pop americanos.

Foi revivada em 1987, no filme Blue Velvet de David Lynch. Foi classificada como número 319 das 500 maiores canções de todos os tempos da revista Rolling Stone.

Orbison disse que essa canção veio durante um sonho. Ele frequentemente ia dormir escutando radio e o DJ anunciando que era a proxima musica era o mais novo sucesso de Elvis. Nesse dia, ele sonhou e acordou e pensou, opa, tem algo ai. E anotou. No dia seguinte, fez a música em apenas 20 minutos.

A música começa como uma canção de ninar, com apenas pouco violao. Ele diz A candy colored clown they call the sandman…entao o Sandman coloca ele pra dormir, e entao ele começa a cantar sobre seu amor.

Entao a bateria entra no ritmo enquanto ele fecha os olhos e entra na fase do subconsciente e um piano entra pra se juntar à Orbison contando como passa o tempo com ela. E entra a orquestra de cordas e os backing vocals bem de leve. É um clássico.

A voz dele começa a aumentar enquanto ele vai acordando e percebendo que seu amor já não está mais ali. O climax da música é quando ele canta em crescendo “It’s too bad that all these things/Can ony happen in my dreams” e entao o final é sua voz em falsetto até a nota final, uma oitava mais baixa enquanto ele canta: “Only in dreams/in beautifil dreams”. E entao todos os instrumentos e cantos acabam com ele abruptamente.

A música nunca repete uma secao. Em dois minutos e 48 segundos, vai atraves de sete movimentos com melodias e progressoes de acordes distintos. As duas primeiras secoes tem 16 Bars cada, enquanto que as outras cinco secoes tem 5 bars cada. 

Ao ouvir a trilha Sonora de Blue Velvet, Bono Vox ficou encantado com In dreams e a ouviu dezenas de vezes. E foi dormir. Ao acordar, tinha uma melodia na cabeça e não deu muita bola, pensando ser alguma coisa de Roy Orbison. A partir daí saiu She’s a mystery to me, canção que Bono escreveu com The Edge para Roy Orbison. Esta cancao pode ser encontrada no ultimo album de Orbison, lançado depois da sua morte, em 1989.
 
A letra:

A candy colored clown they call the sandman
Tiptoes to my room every night
Just to sprinkle stardust and to whisper
"Go to sleep,everything is all right"

I close my eyes,then I drift away
Into the magic night,I softly say
A silent prayer, like dreamers do
Then I fall asleep to dream, my dreams of you

In dreams I walk with you, in dreams I talk to you
In dreams your mine, all, all the time were together
In dreams,in dreams

But just before the dawn,I awake and find you gone
I can't help it, I can't help it, if I cry
I remember that you said goodbye

It's too bad that all these things,can only happen in my dreams
Only in dreams,in beautiful dreams

Roy Orbison, em 1987 ao vivo, com Bruce Springsteen, KD Lang, Elvis Costello e outros:



Agora Roy no Saturday Night Live, em 1987:



A cena do clássico filme Velvet blue com In dreams:


1945 – Supertramp – Lord is it mine (1979)

  Escrita por Roger Hogson, foi gravada entre maio e dezembro de 1978 e lançada no disco Breakfast in America, o sexto disco da banda. ...